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Guiné-Bissau: Oposição alerta para «perigosa deriva» do Estado

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Os 21 partidos exigem a demissão do governo de Carlos gomes Júnior

Os 21 partidos da oposição da Guiné-Bissau alertaram, esta quinta-feira a comunidade internacional para a «perigosa deriva do Estado de direito democrático» no país, «numa altura em que se assiste, a cada dia que passa, a situações com contornos e proporções imprevisíveis».

Em comunicado distribuído à imprensa, a oposição guineense diz que aquelas situações deixam vislumbrar a instauração de uma «ditadura» que põe em causa as instituições da República e «ameaça os políticos em consequência das suas opiniões no quadro dos seus exercícios políticos».

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Os 21 partidos exigiram também a demissão do actual governo de Carlos Gomes Júnior, a quem acusam de incapacidade em conduzir os destinos do país, e ameaçam sair às ruas.

No documento, divulgado após uma reunião, os 21 partidos afirmam-se também preocupados com o «silêncio» do Presidente da República interino, Raimundo Pereira, bem como do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, face aos últimos acontecimentos no país.

Os partidos da oposição referiam-se à detenção e espancamento pelos militares do advogado Pedro Infanda e do presidente do Tribunal de Contas e líder do Partido Democrático para Democracia e Cidadania (PADEC), Francisco Fadul.

Para a oposição, estes «acontecimentos graves em nada abonam para a credibilidade e a boa imagem do país», pelo que apelam ao Governo para que assuma as suas responsabilidades perante «os actos repugnantes».

Em declarações aos jornalistas, Silvestre Alves, que falava em nome dos partidos da oposição, anunciou a possibilidade de fazerem o povo sair às ruas caso não haja medidas do Governo.

«Por enquanto, divulgámos esse comunicado, exortando o Governo a assumir as responsabilidades, mas se nada for feito seremos obrigados a tomar outras medidas, que passarão pela convocação do povo à rua para manifestarmos a nossa indignação», disse Silvestre Alves, líder do Movimento Democrático Guineense (MDG, partido sem representação parlamentar).

Sobre o espancamento de Francisco Fadul, por homens fardados e armados com «material bélico de uso exclusivo do exército» guineense, a oposição condena o sucedido. Aos deputados, a oposição pede que promovam um debate de urgência no Parlamento para analisar questões que se prendem com a segurança interna do país e a protecção da integridade física dos cidadãos.

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