O Sporting Clube de Portugal (SCP) quer reduzir a sua dívida em 115 milhões de euros, nos próximos cinco anos.
A garantia foi dada esta terça-feira pelo presidente do clube de Alvalade, Filipe Soares Franco, num almoço com a imprensa.
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Soares Franco adiantou que este passivo vai ser abatido através de três vias: 40,5 milhões vão resultar de um encaixe através da MDC (empresa holandesa que comprou os terrenos do antigo estádio José de Alvalade); 15 milhões da dívida da SAD que serão pagos; e a emissão de obrigações no valor de 60 milhões de euros e que serão transformados, no futuro, em acções da SAD.
«É uma reestruturação financeira de todo o universo do Sporting. Até hoje, tínhamos que vender os seus jogadores para ter equilíbrio financeiro. (...) Com 140 milhões de dívida daqui a cinco anos, o SCP será seguramente uma instituição viável», afirmou Soares Franco, num almoço com os jornalistas.
Para o responsável, a solução é assim uma redução da taxa de juro de 6,3 para 4,7 por cento, com uma amortização mais lenta.
De referir que o Sporting contraiu uma dívida à banca de 234 milhões que vão passar para 139 milhões de euros. Mas, para além disso, vai ser ainda abatida a dívida de 20 milhões a fornecedores.
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De acordo com Soares Franco, os accionistas estão penalizados pela dívida que o SCP tem com a SAD, pelo que a solução passa por dar património a esta última. É nesse sentido, que o clube vai trespassar a Academia e vender a sociedade de comercialização de serviços (SCS) à SAD, através da emissão das obrigações.
Estas obrigações passarão, em 2013, a capital da SAD, ou seja, a acções que serão vendidas em bolsa a 2 euros, adiantou o mesmo.
«Nos últimos três anos, assistiu-se novamente a uma inflação do futebol, não só dos salários como também do valor dos jogadores», referiu o presidente da instituição leonina, sublinhando a necessidade dos clubes se tornarem mais competitivos e acompanharem as tendências».
«Este plano quer dizer que, a médio prazo, vai poder investir-se mais no futebol. Se possível, já na próxima época», rematou.
A operação vai ser auxiliada pelos bancos com que o clube trabalha, o BES e o BCP.
As acções da SAD leonina fecharam a desvalorizar 0,57% para 1,75 euros.
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