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Bronca no concurso de professores

Quarta-feira foi o último dia para os docentes corrigirem erros nas candidaturas. Mas o sistema informático não deixou. Ministério nega a existência de problemas

Os professores que concorreram este ano à colocação nas escolas e que viram as suas candidaturas invalidadas por algum erro, tinham entre terça e quarta-feira para corrigir os enganos e voltar a concorrer. Mas não puderam. O sistema informático do Ministério da Educação (ME) não deixou.

O alerta partiu dos sindicatos de professores. A tutela desmente.

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«Tomámos conhecimento de dezenas de situações de professores que tentaram corrigir os erros das suas candidaturas hoje mas não conseguiram, o sistema informático não permitiu», conta ao PortugalDiário Francisco Almeida, da Fenprof (Federação Nacional de Professores).

«Houve mesmo uma professora que chegou até nós banhada em lágrimas porque tentou mudar um engano num campo passível de correcção e o sistema não deixou, pelo que ficou com o receio de já não poder concorrer», relata o representante sindical.

A Fenprof defende que o ME tem agora «de encontrar uma solução para o problema», e sugere «um alargamento do prazo para correcção dos erros nas candidaturas».

Também a FNE (Federação Nacional de Sindicatos da Educação) recebeu «variadíssimas queixas, sobretudo nas últimas horas, da parte de docentes que ao acederem ao site da DGRHE [Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação] se tornam vítimas de um sistema informático que os obriga a validar campos de preenchimento já validados pela escola a que pertencem, inviabilizando a própria candidatura».

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A FNE salienta ainda, em comunicado, o facto de esta situação ocorrer «a escassas horas de terminar o prazo delineado pelo ME para rectificação de erros de preenchimento».

A Federação exige agora que seja «obviamente alargado o prazo relativo à melhoria de candidatura dos concursos docentes» e pede uma reunião com carácter de urgência à ministra da Educação, para debater os problemas do concurso dos professores.

O ME «desmente categoricamente qualquer sugestão de erro ou anomalia de qualquer tipo no site da DGRHE. Nada, mas nada, no funcionamento do site impediu os professores de fazerem as alterações», disse ao PortugalDiário o gabinete de assessoria de imprensa da tutela.

«O elevado número de registos submetidos nesta fase, incluindo os submetidos no dia de hoje, atestam só por si a falsidade de tais insinuações», adiantou o ministério.

No concurso para o ano lectivo 2005/2006, cerca de 20 por cento dos professores cometeram erros nas candidaturas e, tal como este ano, tiveram direito a dois dias para corrigirem os enganos e validarem as suas candidaturas.

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