A notificação da infecção pelo VIH/Sida pode ser feita pelos laboratórios, farmácias hospitalares e pelos 18 Centros distritais de Aconselhamento e Diagnóstico, além dos médicos, advogou esta quinta-feira o coordenador nacional da luta contra a doença, escreve a Lusa.
Henrique Barros salientou que obter um conhecimento real da infecção em Portugal, e ultrapassar a sub-notificação crónica dos casos, é um dos objectivos a que se propõe e em relação ao qual se considera «próximo».
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Henrique Barros, que apresenta sexta-feira, Dia Mundial da Sida, o novo Programa Nacional de luta contra a doença, defendeu igualmente a necessidade de os hospitais saberem quantos doentes tratam e quanto custam: «quando cruzarmos toda esta informação temos a realidade marcada», sustentou.
De acordo com o último retrato da infecção em Portugal, feito pelo Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (CVEDT), do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, registaram-se em Portugal 29.461 casos de infecção pelo VIH entre 1983 e Junho último.
Os números do CVEDT indicam também que, desde 2002, tem diminuído o número de casos notificados anualmente, bem como o número de mortos devidos à infecção.
Henrique Barros reconhece que «os números notificados diminuíram» mas, contrapõe, que «não se tem uma dimensão exacta da declaração de notificação», pelo que os dados oficiais podem não reflectir a realidade.
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