Cinco homens e quatro mulheres suspeitos de tráfico de estupefacientes e posse de armas proibidas foram detidos, na semana passado, no conhecido «Bairro da Desgraça», em Coruche, Lisboa, segundo um comunicado enviado há momentos pela Policia Judiciária (PJ).
As detenções dos indivíduos, com idades entre os 25 e os 43 anos, foram registadas no âmbito de uma operação da Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes, cujas investigações «decorriam há meses», informou aquela polícia. A operação teve o apoio da GNR.
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A operação, teve por objectivo central desmantelar uma estrutura local que se dedicava ao tráfico de estupefacientes e outros ilícitos criminais, proceder à detenção dos seus principais elementos e à apreensão de bens provenientes de actividades ilícitas, referiu a PJ.
Na sequência de várias buscas domiciliárias, foram apreendidas pequenas quantidades de cocaína e heroína, algumas delas já embalada em doses individuais, segundo as autoridades que procederam ainda à apreensão de «uma pistola de guerra de 9mm, 2 pistolas 6.35, um revolver 3.57 magnum, 2 caçadeiras, uma pistola de gás e elevado número de munições», uma elevada quantidade de dinheiro em notas de euro, artefactos e peças de ouro, cinco automóveis e um motociclo de alta cilindrada».
PJ dá como neutralizado o «foco de insegurança» no bairro
Seis dos detidos estão sob prisão preventiva e outros três ficaram com a medida de apresentações periódicas. A PJ considera que «com esta operação e com o posterior patrulhamento e vigilância que as autoridades locais irão desenvolver» naquele bairro, que foi neutralizado «o foco de insegurança e de alarde social que as actividades ilícitas ali desenvolvidas induziam na população em geral».
«O referido bairro, com uma localização que dificulta o controlo por parte das autoridades locais, formado por cerca de 50 habitações abarracadas e habitado por aproximadamente, 200 indivíduos, constitui há vários anos, um foco de insegurança e delinquência na região, sendo diariamente visitado por centena e meia de toxicodependentes que ali adquirem drogas a traficantes, muitas vezes em troca de bens furtados», explicou a PJ.
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