A polícia italiana deteve hoje 171 pessoas em Nápoles, numa acção contra o crime organizado que colocou famílias inteiras atrás das barras e desfez uma lucrativa rede de tráfico de droga, anunciaram as autoridades.
A procuradoria de Nápoles disse que as prisões foram motivadas sobretudo pelo testemunho de um chefe da máfia que se tornou informador, cuja cooperação com os magistrados se iniciou há cinco anos, escreve a agência Lusa.
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As rusgas hoje de manhã na baixa de Nápoles envolveram cerca de mil agentes da polícia.
As prisões visaram dois clãs da Camorra - a máfia napolitana - que controlavam a rede de tráfico de droga na cidade e arredores há um decénio, referiram as autoridades.
Em alguns casos, houve casais acusados de vender droga com os seus filhos.
A campanha policial trouxe também a lume o papel crescente das mulheres na Camorra. «O que surgiu foi o envolvimento de muitas mulheres, algumas das quais tinham importantes deveres no controlo das áreas onde a droga era vendida, ou estavam encarregadas do transporte» dos produtos, disse um porta-voz da polícia.
Apesar de mulheres chefes continuarem a ser raras, os investigadores notaram que as mulheres começaram a assumir um papel mais activo no crime organizado, conforme os homens da máfia vão sendo presos.
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