Mais de 60 por cento das mulheres grávidas em Portugal não efectuam o rastreio bioquímico, que conjuntamente com a ecografia, permite detectar, em 90 por cento dos casos, a trissomia 21, além de outros problemas associados aos cromossomas.
Segundo o director do Laboratório de Genética Médica de Diagnóstico Pré-Natal, em declarações ao «Diário de Notícias», a não realização deste teste pode justificar o nascimento de mais bebés com estas doenças entre as mulheres com menos de 35 anos, ou seja, menos expostas ao risco.
PUB
Em cada 700 nascimentos há um caso de trissomia 21, mas em Portugal admite-se que possam nascer 170 a 180 bebés com esses problemas, se não forem detectados.
Metade dos casos ocorrem entre as mulheres com mais de 35 anos e metade destes casos não são detectados pelos especialistas porque as ecografias das 12 semanas falham com frequência, adianta a especialista da Ordem dos Médicos, Purificação Tavares.
A ausência de informação e pouca comparticipação contribuem para acentuar o problema.
PUB