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Tsipras: credores devem retirar exigências "absurdas"

Primeiro-ministro grego diz que o país "está mais perto do que nunca de um acordo"

O primeiro-ministro grego referiu, no entanto, que a proposta que lhe foi entregue há dias pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em nome das instituições credoras da Grécia, que incluem também o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), foi "uma surpresa desagradável" e apelou aos credores para retirarem as exigências "absurdas".

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou esta sexta-feira que um acordo para garantir ajuda financeira ao país "está mais perto do que nunca", mas exortou os credores a retirarem exigências "absurdas" apresentadas a Atenas.

"Estamos mais perto do que nunca de um acordo", que deve incluir uma cláusula "sobre a viabilidade da dívida grega", indicou Tsipras numa sessão parlamentar extraordinária.

Atenas optou por falhar um reembolso de 300 milhões de euros (ME) ao FMI, devido hoje, adiando esse pagamento para final de Junho, quando terá de pagar os quatros reembolsos deste mês, um total de 1.600 ME.

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O Ministro da Economia grego, George Stathakis, afirmou que que o Governo não aceita as propostas dos credores para libertar o financiamento a Atenas, pois estas incluem aumentos de impostos, privatizações e uma reforma das pensões.

Os investidores estão cada vez mais preocupados com a situação da Grécia, num contexto em que os mercados de obrigações já estão nervosos.

No mercado secundário de dívida soberana, a taxa das obrigações gregas a 10 anos saltaram 82 pontos base (pb) para 11,62 pct, enquanto a de 2 anos dispara 2,95 pb, ou seja, quase 3 pontos percentuais para 25,397 pct.

A subida das yields foi transversal na Europa, embora em menor escala do que as gregas, com a das Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 10 anos a agravar 11 pb para 2,96 pct, e a das equivalentes espanholas 11 pb para 2,24 pct e das italianas 12 pb para 2,26 pct.

"A rejeição das propostas dos credores significa que estamos numa situação mais difícil do que muitas pessoas desejariam nesta fase," disse Christoph Rieger, estrategista no Commerzbank.

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