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Centenas de economistas lançam apelo pela Grécia

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Ex-secretário de Estado José Reis e a deputada Mariana Mortágua assinam o texto

Os subscritores entendem que o governo grego tem razão ao exigir uma profunda reorientação política, uma vez que .

Centenas de economistas de vários países lançaram um abaixo-assinado em que apelam aos governos europeus e às instituições internacionais para que respeitem a vontade do povo grego e negoceiem uma saída para a questão da dívida.

Divulgado no site da Mediapart, o texto é assinado, entre outros, por James K. Galbraith, Dominique Meda, Dean Baker, Jacques Sapir, Stephany Griffith-Jones, Benjamin Coriat, Jacques Généreux e Mark Weisbrot.

Dos sete portugueses da lista, o ex-secretário de Estado José Reis, professor na Universidade de Coimbra, ou a deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, serão os mais conhecidos.

«Apelamos aos governos da Europa, à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu e ao Fundo Monetário Internacional para que respeitem a vontade do povo grego de escolher uma nova via e iniciar negociações de boa-fé com o novo governo grego para resolver a questão da dívida».

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«as políticas aplicadas até agora foram um completo fiasco»

Exemplificam este alegado fracasso com os argumentos de que as medidas aplicadas «não trouxeram nem a recuperação económica, nem a estabilidade financeira, nem os empregos, nem mesmo os investimentos diretos estrangeiros». Pelo contrário, «lançaram a sociedade grega no abismo e enfraqueceram as suas instituições».

Sobre a dívida, consideram que a anulação faz todo o sentido, uma vez que, dizem, «esta dívida é insustentável e nunca será paga, aconteça o que acontecer». Acrescentam mesmo que os credores devem «aproveitar a oportunidade» e «expor clara e honestamente estes factos às populações».

Entre as prioridades, devem estar designadamente «medidas humanitárias imediatas, um salário mínimo mais elevado, a criação de emprego, investimento e restaurar e melhorar serviços básicos, como a saúde e a educação». Enquanto estas e outras medidas não surtem efeito, sustentam, o Banco Central Europeu deve «garantir o refinanciamento do país para estabilizar o seu sistema bancário».

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Estes economistas alargam a análise do caso grego para a Europa, considerando que é o futuro da Europa que está em jogo.

«Uma política de ameaças, de ultimatos, de obstinação e de chantagens significaria aos olhos de todos o fracasso moral, político e económico do projeto europeu».

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