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Aumentos nos combustíveis devem-se a receios no abastecimento

OPEP diz que os receios dos mercados não têm razão de ser. «Qualquer corte nos transportes seria compensado de forma rápida»

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reconheceu esta quinta-feira que o preço do petróleo tem subido porque a crise do Egipto levantou receios quanto a um eventual corte de abastecimento, mas também devido a um aumento da procura.

O principal receio dos mercados é que a crise afecte o transporte de petróleo através do canal do Suez, pelo qual diariamente passam 2,5 milhões de barris, escreve a Lusa.

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«Inclusivamente antes da crise, essas rotas não estavam a ser utilizadas ao máximo da sua capacidade devido, sobretudo, à vasta oferta de barcos noutras rotas», adianta a OPEP no seu boletim mensal de Fevereiro.

Ainda assim, a organização insiste que os receios dos mercados não têm razão de ser uma vez que «qualquer corte nos transportes através do Canal do Suez, ou no oleoduto (egípcio) de Sumed, poderia ser compensado de forma relativamente rápida, orientando os abastecimentos por outras rotas».

A OPEP considera que a procura de crude também aumentou devido a uma subida dos preços do gás e devido aos planos governamentais para estimular a economia em vários países da Ásia e na América do Norte.

Para 2011, a organização estima que o consumo mundial de crude se situará perto dos 87,74 milhões de barris por dia (mdb), ou seja um crescimento de 1,4 mbd - 1,62% - face a 2010.

A visão da OPEP sobre o momento actual do mercado mundial do petróleo coincide em grande medida com a análise publicada hoje pela Agência Internacional da Energia (AIE), na qual alerta para o alto preço a que se mantêm os barris de Brent (mais de 100 dólares) e de crude do Texas (cerca de 87 dólares).

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