Garcia Pereira entregou esta sexta-feira na Procuradoria-Geral da República (PGR), em Lisboa, uma queixa-crime, a pedir que o Ministério Público apure responsabilidades, na assinatura de contratos financeiros de risco, «swaps», nas empresas públicas.
Questionado sobre o que pretende com a iniciativa, Garcia Pereira disse querer que o «Ministério Público investigue e leve até ao fim o apuramento das responsabilidades, por uma série de negócios absolutamente ruinosos e especulativos [em empresas públicas], que se traduzem em perdas de três mil milhões de euros», disse, citado pela Lusa.
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O advogado acrecsentou ainda que, «uma vez mais, se vai tentar que sejam os trabalhadores portugueses a suportar [estas perdas], pelos impostos e pela redução dos seus salários e pensões».
«Os tribunais não devem deixar impunes os ladrões e os corruptos e devem perseguir implacavelmente aqueles que cometeram essas irregularidades», sublinhou.
«Uma participação deste tipo simboliza que os cidadãos deste país não estão mais dispostos a tolerar que coisas dessas possam ser feitas e sair impune», prosseguiu.
Garcia Pereira realçou ainda que alguns daqueles contratos «ruinosos» foram feitos na Carris, onde «agora os trabalhadores estão a passar fome» e onde «os sindicatos estão a lançar campanhas de recolha de alimentos».
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