Os chefes de Estado e de Governo da zona euro, reunidos em Bruxelas desde domingo à tarde, chegaram hoje de manhã a um acordo sobre a Grécia, ao cabo de 17 horas de negociações, anunciou o primeiro-ministro belga.
"Acordo", anunciou Charles Michel na sua conta na rede social twitter.
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1 - Racionalização IVA
2 - Alargamento da base tributária
3 - Sustentabilidade do sistema de pensões
4 - Adoção de um código de processo civil
5 - Salvaguarda da independência jurídica para o instituto de estatística da Grécia
6 - Plena implementação de cortes de despesa automáticos
7 - Recuperação e diretiva de resolução bancária
O parlamento grego tem agora de aprovar as medidas até quarta-feira.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras reconheceu já que o acordo alcançado é "duro", mas assegurou que o governo helénico "lutou até ao fim". E uma batalha ganhou: a "reestruturação da dívida"
O presidente da Comissão Europeia já veio rejeitar a ideia de que este acordo, mesmo depois do 'não' no referendo grego, seja uma "humilhação" para o povo. "É um compromisso, não há vencedores nem vencidos".
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Angela Merkel, por sua vez, disse que não há necessidade de um plano B, mas Atenas terá um caminho "longo e difícil".
O acordo, em inglês:
Declaração do acordo para a Grécia
A cimeira extraordinária da zona euro sobre a Grécia, apontada como decisiva para o futuro da Grécia na zona euro, teve início às 16:00 locais de domingo (15:00 de Lisboa), e foi interrompida por diversas vezes para consultas e reuniões à margem devido às diferenças entre as autoridades gregas e os seus credores.
Sem um acordo, a Grécia ficava muito próxima de uma saída da zona euro, o chamado Grexit.
Portugal foi representado no encontro pelo primeiro-ministro. Pedro Passos Coelho revelou que uma sugestão sua ajudou a desbloquear o acordo e disse que a "hesitação e incapacidade" gregas dos últimos meses levou a que o compromisso final seja agora "mais exigente".
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