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Sindicato diz que não vai desistir até que Randstad reintegre trabalhadores

Cerca de 30 trabalhadores do call center (centro de atendimento telefónico) da Randstad de Braga (Concentrix) concentraram-se à porta da sede, em Lisboa, onde exibiram tarjas em que se podia ler “Contra a Perseguição sindical na Randstad” ou “A Randstad persegue sindicalistas para aumentar a precariedade”

O Sindicato de Trabalhadores de Call Center (STCC) de Braga garantiu hoje que não vai desistir e avançará com todas as ações necessárias para que o sindicalista despedido e os outros três suspensos sejam reintegrados na Randstad.

Cerca de 30 trabalhadores do call center (centro de atendimento telefónico) da Randstad de Braga (Concentrix) concentraram-se à porta da sede, em Lisboa, onde exibiram tarjas em que se podia ler “Contra a Perseguição sindical na Randstad” ou “A Randstad persegue sindicalistas para aumentar a precariedade”.

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Um dirigente sindical foi despedido, enquanto outro dirigente e dois delegados foram suspensos.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical Nuno Geraldes acusou a empresa de inventar uma “cabala” para se ver livre dos delegados e dos dirigentes sindicais, referindo que a mesma não quer dialogar com os trabalhadores.

“Não fizeram nenhum contacto connosco. Nem parecem dispostos a dialogar sobre este assunto… Querem é ver-nos fora da empresa”, sublinhou Nuno Geraldes, reiterando os trabalhadores não vão desistir “nem a nível jurídico, nem a nível político-sindical e a nível da combatividade na rua”.

Na segunda-feira, em Braga, o STCC acusou a Randstad de “perseguição sindical” e de “criar um clima de medo” entre os trabalhadores, depois do despedimento de Nuno Geraldes e a suspensão de outros três trabalhadores.

O dirigente sindical, que foi despedido em julho, acrescentou que a empresa se baseia em “comentários genéricos”, acusando os trabalhadores de violar os “deveres de confidencialidade”.

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“A única resposta que a Randstad deu a isto tudo foi através da imprensa, com uma nota a dizer que se baseiam nos melhores estudos que existem para a condições dos trabalhadores”, disse Nuno Geraldes, sublinhando que trabalhar na empresa “não é a maravilha que propagandeiam”.

“Estamos a falar de uma empresa que não lida bem com os delegados e dirigentes sindicais, nem com a democracia, nem com as pessoas que falam aquilo que pensam”, disse, acrescentando que a Randstad se quer livrar de “pessoas incómodas”.

A concentração dos trabalhadores da Randstad na sede, em Lisboa, vem na sequência de uma jornada de greve em Braga, na segunda-feira, junto ao edifício da Concentrix.

Na altura, a PSP foi chamada ao local para registar a proibição por parte da administração do edifício em deixar entrar os sindicalistas para "realizarem trabalho sindical", conforme previsto na lei.

Em declarações à agência Lusa na altura, Nuno Geraldes acusou a Randstad de "perseguição e fomentar um clima de medo entre os trabalhadores ao longo da última semana".

"Eu fui um dos dirigentes despedidos", explicou, adiantando que "a desculpa foi a divulgação de dados confidenciais quando na verdade tudo começou depois de ter denunciado um caso de assédio a uma trabalhadora".

No mesmo dia, a Randstad Portugal refutou as acusações de "perseguição sindical" feitas pelo sindicato, garantindo que o despedimento e suspensão de quatro dirigentes sindicais em Braga estão relacionados com a "violação de confidencialidade".

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