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Municípios ultraperiféricos alertam para elevada percentagem de desemprego jovem

Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, nos Açores, tomou posse como presidente da Confederação dos Municípios Ultraperiféricos, cargo que ocupará até 2016

O presidente da Confederação dos Municípios Ultraperiféricos (CMU), Roberto Monteiro, defendeu esta quinta-feira a necessidade de sensibilizar a Comissão Europeia para as dificuldades destas regiões ao nível do desemprego e da competitividade económica.

"As taxas de desemprego e muito em particular as taxas de desemprego jovem nos municípios das regiões ultraperiféricas, em todos eles, quer se tratem de municípios pertencentes a Espanha, Portugal ou França, são sempre superiores e nalguns casos significativamente superiores às taxas de desemprego dos territórios continentais", salientou.

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O presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, nos Açores, tomou posse como presidente da Confederação dos Municípios Ultraperiféricos, cargo que ocupará até 2016.

Roberto Monteiro salientou que o nível médio de desemprego jovem nas regiões ultraperiféricas anda na fasquia dos 50%, alertando para a possibilidade de estar em causa a sua sustentabilidade futura.

"A Europa não pode querer que as suas regiões ultraperiféricas se transformem em lares de terceira idade", sublinhou, defendendo a necessidade de uma "discriminação positiva" para estas regiões.

O autarca considerou que a abertura da Europa à entrada de produtos da América do Sul "tem trazido consequências muito significativas para a economia das regiões ultraperiféricas", porque coloca a nu os problemas estruturais das economias destas regiões, como a falta de escala e os elevados custos logísticos.

Nesse sentido, a CMU, que reuniu hoje a sua Assembleia Geral, na Praia da Vitória, decidiu reorientar muitos dos seus projetos e candidaturas a fundos comunitários para o empreendedorismo jovem e para a competitividade das regiões ultraperiféricas.

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Para além disso, a confederação pretende "reforçar a capacidade de lobby" na Comissão Europeia, por isso Roberto Monteiro vai deslocar-se a Bruxelas de 12 a 16 de outubro no "Open Days".

"A CMU tem de passar a ter um papel na participação, desenho e programação das políticas de interesse municipal para as regiões ultraperiféricas. Tem de passar a ter um lugar, nem que seja na qualidade de observador, nas reuniões do Comité das Regiões, da Assembleia das Regiões da Europa e, no fundo, nas várias comissões", salientou.

A confederação, composta por mais de 200 municípios, pretende também fazer algumas alterações internamente para melhorar a sua eficácia e nesse sentido será criada uma plataforma tecnológica em que serão colocadas as melhores práticas de gestão autárquica das regiões ultraperiféricas.

A CMU vai passar a reunir-se fisicamente duas vezes por ano, em vez de uma, e intensificar as reuniões com recurso a plataforma tecnológicas.

A confederação quer também promover um aumento de geminações entre municípios e captar mais membros, por isso vai também implementar uma quota igual para todos os associados.

 

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