O Banco de Portugal deliberou não transferir «a responsabilidade contraída pelo Banco Espírito Santo perante a Oak Finance Luxembourg S.A.» para o Novo Banco, comunicou a instituição bancária.
Segundo um comunicado publicado esta terça-feira na página na internet da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e que a Lusa cita, a deliberação do Banco de Portugal, com efeitos retroativos a 03 de agosto passado, «tem um impacto positivo em reservas no Novo Banco de 548,3 milhões de euros».
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A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os ativos e passivos tóxicos, assim como os acionistas) e o banco de transição, designado Novo Banco.
A deliberação do Banco de Portugal é conhecida no mesmo dia em que o banco espanhol Santander formalizou a manifestação de interesse na aquisição do Novo Banco.
O Santander é a segunda entidade a dar este primeiro passo na corrida pela compra do Novo Banco, depois do banco BPI.
O Fundo de Resolução, que detém 100 por cento do Novo Banco, deu início ao processo de venda do Novo Banco no dia 04 de dezembro.
O negócio vai decorrer ao longo de quatro fases: manifestações de interesse, propostas não-vinculativas, propostas vinculativas e decisão final, estando a primeira já calendarizada para ser fechada até às 17:00 do último dia deste ano.
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