A EDP, Galp, Martifer, Vestas e REN assinaram um memorando de entendimento para avaliar a viabilidade do projeto H2Sines, que visa implementar um ‘cluster’ industrial de produção de hidrogénio verde com base em Sines, foi hoje anunciado.
Em comunicados iguais, a EDP, a Galp e a Martifer salientaram que “a produção de hidrogénio verde em Sines contemplada pelo projeto H2Sines integra e otimiza toda a cadeia de valor, desde a geração de eletricidade renovável, produção de hidrogénio e a sua distribuição, transporte, armazenamento, comercialização e exportação”.
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Com este memorando, as empresas vão “estudar a viabilidade da criação de uma cadeia de valor para a exportação do hidrogénio de Sines para o Norte da Europa”, lê-se na mesma nota em que os grupos destacam que “além da vertente exportadora, o hidrogénio verde a produzir em Sines poderá ser utilizado a nível nacional nos setores industriais e de transportes, bem como para injeção na rede de gás natural, contribuindo para o esforço de descarbonização da economia e do reforço da competitividade dos bens transacionáveis nacionais no espaço europeu”.
As empresas realçam ainda que “garantindo o equilíbrio financeiro do projeto, este deverá desenvolver-se de forma progressiva, procurando otimizar a adequação dos volumes de produção de hidrogénio e do respetivo consumo, bem como a competitividade dos custos das tecnologias envolvidas”.
Assim, numa primeira fase, “prevê-se a instalação de um projeto-piloto de 10MW [megawatt] de eletrólise que, ao longo da corrente década, possa, em função de critérios económicos e tecnológicos, evoluir até 1GW [gigawatt] de capacidade de eletrólise, visando a prazo a instalação de cerca de 1,5GW de capacidade de geração de energia elétrica renovável”, de acordo com a mesma nota.
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As empresas destacam que este projeto responde “ao desafio lançado pelo Governo português no âmbito da Estratégia Nacional para o Hidrogénio”, cumprindo “os critérios para uma candidatura ao estatuto de Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI)”.
As empresas adiantam ainda que “a entrada de parceiros adicionais encontra-se suportada em várias demonstrações de interesse de empresas de dimensão internacional do sector energético, bem como de produtores de tecnologia para a cadeia de valor do hidrogénio.”
Além disso, a iniciativa prevê “a criação de uma componente industrial de produção de equipamentos de valor acrescentado para projetos de hidrogénio e o desenvolvimento de um 'cluster' de I&D+I [Investigação e Desenvolvimento] de referência internacional, com o apoio de mais de 20 empresas, institutos e universidades nacionais”, de acordo com o comunicado.
“Das 74 manifestações de interesse apresentadas a 17 de julho, relacionadas com a preparação da candidatura portuguesa ao Important Project of Common European Interest (IPCEI) do Hidrogénio, passaram à fase seguinte 37, depois da triagem efetuada pelo comité de admissão”, num investimento de cerca de nove mil milhões de euros.
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