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Câmara de Lisboa quer compensar comerciantes de Arroios por obras no metro

O vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar, adiantou esta quarta-feira que o município irá apresentar uma proposta para isentar de taxas os comerciantes da zona junto à estação de metro de Arroios

O vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, Miguel Gaspar, adiantou esta quarta-feira que o município irá apresentar uma proposta para isentar de taxas os comerciantes da zona junto à estação de metro de Arroios, afetados pelas obras.

Vamos tomar a iniciativa de apresentar uma proposta no sentido de isentar de taxas os comerciantes que estão a ser afetados diretamente pelo estaleiro das obras", disse Miguel Gaspar, que falava na reunião pública camarária que decorreu hoje nos Paços do Concelho, depois de interpelado pelo vereador comunista Carlos Moura.

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Em declarações à Lusa no final da reunião, o vereador que é também responsável pelo pelouro da Segurança, afirmou que nesta situação, a Câmara pretende "fazer o que estiver ao seu alcance para isentar os comerciantes", mas apontou que ainda não estão definidas quais as taxas que poderão estar em causa.

Assim, esta proposta será apresentada "tão depressa quanto possível", afirmou Miguel Gaspar, escusando-se porém a estimar uma data concreta para a apreciação da proposta por parte do executivo.

Em causa estão as obras que decorrem na estação de Arroios do Metropolitano de Lisboa, e que levaram à colocação de tapumes à saída da estação.

O vereador do PCP salientou que "os comerciantes continuam a não ter informação sobre quando as obras terão o seu término", e sentem-se "arredados da cidade".

Carlos Moura advogou que estes empresários estão "em situações aflitivas", e que a "Câmara não pode ficar indiferente a esta situação, e deve sensibilizar o metro para esta situação".

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Na última reunião pública do executivo da capital, a 26 de abril, este tema foi levantado no período dedicado à audição dos munícipes pelos comerciantes da zona, que explicaram como as obras estão a afetar as suas receitas, principalmente naquelas lojas que estão tapadas pelos tapumes, na Praça do Chile.

Somos um centro comercial aberto. Era o mesmo que chegar às Amoreiras e fechar as portas, é claro que as lojas não sobreviviam porque os clientes não entram", disse então Carla Salsinha, uma das empresárias, e também ex-presidente da União das Associações de Comércio e Serviços (UACS).

Segundo a lojista, existem empresários com quebras de venda de dezenas de milhares de euros, e várias lojas também já fecharam, o que levou a empresária a pedir à Câmara "a isenção das licenças de ocupação de via pública e das taxas de publicidade".

Em resposta, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), afirmou naquele dia que esta "não é uma obra do município de Lisboa", e que quem cobra as taxas em questão são as Juntas de Freguesia, mas mostrou "disponibilidade para estudar" a proposta dos comerciantes.

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A reunião pública de hoje ficou também marcada por momentos em que os ânimos se exaltaram durante as intervenções do público, sendo que muitas delas abordavam o problema da falta de habitação a preços acessíveis na capital.

Em todos em encontros públicos da Câmara de Lisboa existe um período destinado a ouvir as preocupações de um número de cidadãos, sendo que a audição começa sempre pelas 18:30.

Hoje, a audição dos munícipes prolongou-se até perto das 21:00, e houve várias intervenções em que as vozes se elevaram e houve insultos dirigidos à Câmara, o que levou o vice-presidente, Duarte Cordeiro - que conduzia a reunião- a terminar o encontro mesmo com pontos da ordem de trabalhos por abordar.

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