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ANA reitera que não paga taxa turística em Lisboa em 2016

Presidente da empresa diz que cabe ao município encontrar uma "solução alternativa"

Mas, “obviamente, que isso foi um investimento no sentido de ser criada uma solução alternativa para o futuro” e foi “a contribuição” da ANA, pelo que, em 2016, “não vamos continuar” a suportar esse valor, frisou. Os aeroportos portugueses deverão registar este ano um aumento superior a 10% do número de passageiros, revelou ainda Jorge Ponce de Leão. O presidente do Conselho de Administração da ANA, empresa que gere os aeroportos nacionais, respondia a uma questão colocada pela Lusa, à margem do 27.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que está a decorrer em Évora.

O presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leão, reiterou hoje que a empresa já não vai pagar, em 2016, a taxa turística criada pela Câmara de Lisboa, cabendo ao município encontrar uma “solução alternativa”.

“A ANA nunca foi o sujeito passivo dessas taxas. O sujeito passivo dessas taxas era o passageiro” e o que a ANA fez foi “disponibilizar-se para suportar esse custo durante o ano de 2015, para não criar um problema de incomodidade para os passageiros”, afirmou.

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O presidente da ANA falava aos jornalistas em Évora, à margem do 27.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, e referia-se à taxa turística criada pela câmara de um euro nas chegadas a Lisboa, que este ano foi suportada pela empresa que lidera.

Segundo o responsável da empresa que gere os aeroportos nacionais, não estão a decorrer negociações com a Câmara de Lisboa sobre esta matéria.

“Eu penso que a Câmara de Lisboa terá, com certeza, soluções alternativas”, afirmou Ponce de Leão.

No entender do presidente da ANA, a “situação mais normal” para cobrar essa taxa turística poderá passar pela introdução de um valor adicional à taxa de dormida do turista, como já acontece “em muitas outras cidades europeias”.

“Se pensamos que há uma estadia média em Lisboa de quatro noites e meia, é dividir um euro por quatro e meio ou por cinco”, ou seja, há que “acrescentar 20 cêntimos à taxa de dormida” e obtém-se “a taxa de chegada”, disse.

“E nem sequer” existe “o problema das isenções, das pessoas que residem em Lisboa, porque esses, automaticamente, vão para casa, não para o hotel”, acrescentou.

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Ponce de Leão considerou que esta solução é “uma forma simples” para cobrar a taxa turística criada pela câmara, mas a decisão depende do município: “Não sei se vai ser feito por essa via ou qualquer outra. É um problema que diz respeito à câmara, não ao Aeroporto” de Lisboa.

Ponce de Leão falava aos jornalistas após participar como orador no 27.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, no painel “Investir no Turismo em Portugal”, em que intervieram também Chitra Stern, administradora do Martinhal Hotels & Resorts, e José Theotónio, CEO do Grupo Pestana.

O congresso, que começou oficialmente no domingo, mas cujo programa só arrancou hoje, decorrendo até terça-feira, junta cerca de 500 profissionais do setor e é promovido pela AHP - Associação da Hotelaria de Portugal.

Número de passageiros deverá aumentar

“No ano passado, atingimos [um crescimento de] 9,5% no conjunto dos aeroportos. Confesso que julgava que seria um número imbatível, mas este ano vamos batê-lo e ficar acima dos 10%, com toda a certeza, para o conjunto dos aeroportos”, disse.

Este ano de 2015 vai, então, fechar com mais de 10% de crescimento, estimou Ponce de Leão, frisando, contudo, que esta subida varia de aeroporto para aeroporto.

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