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Finlândia exigiu garantia extra para ajudar Grécia

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Outros Governos europeus mostram desconforto com a situação e dizem que não pode haver tratamento diferenciado dos vários países que participam do segundo resgate

O Governo finlandês exigiu à Grécia uma garantia extra para dar o seu aval e participar no segundo pacote de resgate ao país. Uma situação que está a gerar desconforto entre os restantes países do euro.

O primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, reiterou esta segunda-feira que esta garantia «é para nós uma condição absoluta», mas assegurou que os termos acordados com a Grécia, e que terão ainda de ser aprovados pelos restantes países do euro, não representaram encargos acrescidos para os mesmos.

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Segundo o acordo alcançado entre Helsínquia e Atenas, a Grécia terá de fazer um depósito em nome do Estado finlandês. Por seu lado, a Finlândia investirá esse montante em activos com rating máximo (AAA) ao longo de 30 anos. O valor do depósito não foi divulgado oficialmente, mas as agências internacionais falam em 500 milhões de euros. Resta saber de onde virá o dinheiro.

De acordo com o Governo finlandês, este «expediente» já estava previsto e foi aprovado por todos, uma vez que, na cimeira de 21 de Julho, Helsínquia tinha já assegurado a possibilidade de a Grécia lhe oferecer garantias bilaterais, depois de o Governo finlandês ter alertado para a possibilidade de este segundo resgate à Grécia não ser aprovado pelo Parlamento finlandês.

Alemanha, Holanda e Áustria foram alguns dos países que se mostraram desconfortáveis com a situação. O porta-voz do Governo alemão, citado pela Bloomberg, deixou claro que «o acordo bilateral não pode ser feito em detrimento dos restantes» países do euro. Já a Holanda e a Áustria disseram «lamentar» a decisão da Finlândia que, garantem, não pretendem seguir.

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O ministro das Finanças holandês afirmou, citado pela Reuters, que o seu Governo não admitirá tratamento diferenciado dos vários países que contribuem para o pacote de resgate, e prevê complicações legais no seguimento desta atitude de Helsínquia.

Numa carta enviada ao parlamento holandês, o ministro Jan Kees de Jager rejeitou ainda a proposta austríaca, que previa que os países menos expostos à dívida grega deveriam ter direito a mais colaterais.

Esta proposta, defende De Jager, é «incompatível com o princípio de igualdade de tratamento de todos os países do euro» além de implica um reforço do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

O futuro da Grécia pode ditar também o futuro de Portugal já que, segundo avisou a agência Moody¿s, a escalada dos juros gregos pode ter um efeito dominó e prejudicar o rating português.

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