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FMI: Espanha com recessão mais profunda e Itália?

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Fundo coloca Espanha junto a Itália entre os países da Zona Euro que não beneficiarão da previsível «recessão curta»

A economia espanhola deverá cair este ano 1,8 por cento, permanecendo praticamente estática em 2013 segundo as previsões do FMI divulgadas esta terça-feira e que corrigem, em baixa, as expetativas de janeiro.

A Itália, por seu turno, deverá conhecer uma recessão de 1,9 por cento este ano e 0,3 por cento em 2013, registando ao mesmo tempo um aumento do desemprego ao longo destes dois anos.

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Segundo as previsões de primavera («Outlook») da instituição, a economia espanhola recuará mais 0,2 pontos do que inicialmente previsto para -1,8 por cento, com a recuperação em 2013 a ser de apenas 0,1 por cento (abaixo dos 0,4 previstos em janeiro).

O FMI coloca Espanha junto a Itália entre os países da Zona Euro que não beneficiarão da previsível «recessão curta e menos profunda», escreve a Lusa.

Em vez disso e devido a problemas nas contas locais e «apesar dos maiores esforços» orçamentais as recessões «serão profundas e a recuperação só deverá começar em 2013».

Considerando que a «consolidação adequada é uma prioridade óbvia» o FMI considera que o novo objetivo de défice para Espanha (fixado em 5,3 por cento do PIB) é «em termos gerais adequado apesar de poder ter acomodado mais alargadamente o impacto de uma previsão de crescimento mais fraca».

Revê ainda assim em alta as previsões económicas que traçou em janeiro passado para a Itália, quando antecipou um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2 por cento este ano e 0,6 por cento em 2013, mas continua a ser mais pessimista que a Comissão Europeia, que no mês passado previu uma recessão este ano na ordem dos 1,3 por cento.

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Os dados divulgados são especialmente negativos no que toca ao desemprego, com o FMI a prever que Espanha termine o ano com 24,2 por cento de desempregados (eram 21,9 por cento no final de 2011), valor que cairá para 23,9 por cento em 2013.

Previsões também muito pouco risonhas para Itália a este nível, com a organização a antecipar um aumento dos 8,4 por cento registados em 2011 para 9,5 por cento em 2012 e 9,7 por cento em 2013.

No que toca à inflação espanhola, o FMI prevê que uma queda este ano para 1,9 por cento (depois dos 3,1 registados em 2011), com o aumento de preços a ser ainda menor em 2013 (apenas 1,6 por cento).

O défice das contas externas, medido pela balança corrente deverá equivaler a 2,1 por cento do PIB este ano e a 1,7 por cento em 2013.

Para o conjunto da economia mundial, o FMI mostra-se ligeiramente mais otimista que no início do ano, projetando agora uma taxa de crescimento do PIB de 3,5 por cento em 2012 e 4,1 por cento em 2013. Para a zona euro, o Fundo prevê uma contração de 0,3 por cento este ano, seguida por um crescimento de 0,9 por cento em 2013.

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