O novo Governo da Irlanda pode vir a criar leis para permitir a reestruturação de obrigações bancárias seniores ou o nível de dívida do país arrisca tornar-se «insustentável», de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg.
A coligação entre o Fine Gael e o partido Trabalhista, que deverá tomar posse a 9 de Março, afirmou que estas leis podem ser necessários para «alargar o âmbito da reestruturação do passivo bancário» para incluir os detentores de obrigações seniores sem garantia, numa proposta aprovada pelos dois partidos, no domingo, em Dublin.
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«O cheque em branco que o Governo cessante deu às práticas dos bancos devem acabar», disseram os dois partidos no programa conjunto de Governo, considerando que a Irlanda «tem de se afastar da falência nacional», cita a Lusa.
O líder trabalhista Eamon Gilmore disse aos membros do seu partido que o novo Governo vai criar um «gabinete de guerra» para combater a crise económica do país, que começou em 2008 com o fim da era do imobiliário e foi amplificada pela crise financeira global.
O Governo que ainda está em funções foi forçado a procurar a ajuda do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) em 2010 tendo, em troca, concordado em proteger os detentores de dívida sénior dos bancos.
O novo Executivo, que será liderado por Enda Kenny, também quer cortar a taxa de juro de 5,8% sobre os 85 mil milhões de euros que foram acordados no âmbito do pacote de ajuda. No entanto, o pedido já foi rejeitado pela chanceler alemã, Angela Merkel, na sexta-feira.
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