A Standard & Poor's, agência de notação financeira que cortou esta terça-feira a classificação da dívida pública portuguesa, cortou também o rating da dívida grega.
No caso da Grécia, o corte foi de três níveis, para «BB+», ou seja, o nível mais elevado dentro das junk bond. Ou seja, as obrigações gregas são agora consideradas especulativas, com elevada probabilidade de incumprimento, apresentando, por isso, um elevado risco.
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A S&P diz que as opções do Governo grego estão a diminuir devido às fracas perspectivas de crescimento. «O corte resulta de uma avaliação actualizada das condições políticas, económicas e orçamentais que o Governo grego enfrenta no seu esforço para colocar o fardo da sua dívida pública numa trajectória descendente e sustentável», disse o analista de crédito da S&P, Marko Mrsnik.
A perspectiva para a dívida grega mantém-se negativa, o que deixa em aberto a possibilidade de surgirem novas reduções na notação em poucas semanas.
A notícia surgiu depois de alguns responsáveis políticos na Alemanha terem incitado a Grécia a tomar medidas de contenção mais duras em troca da ajuda financeira da Europa e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A agência considera que os riscos do financiamento de médio prazo estão a aumentar, apesar do plano de consolidação ambicioso que a Grécia já anunciou. A S&P continua a acreditar que a dimensão e o alcance desse programa e a vontade política do Governo de o implementar continuam a ser os principais factores na avaliação da dívida soberana da Grécia. Um sucesso sustentado nesta matéria poderia, a seu tempo, reflectir-se em taxas de juro mais baixas na dívida grega e acrescenta que os primeiros sinais mostram que o Governo grego deverá conseguir cumprir a sua meta para 2010 em termos de défice.
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