Vários responsáveis ligados ao sector dos transportes defenderam esta terça-feira a necessidade de se avançar com reformas nas empresas públicas, que actualmente acumulam uma dívida de cerca de 17 mil milhões de euros.
O financiamento do sector foi também um dos temas em destaque num seminário sobre o Plano Estratégico dos Transportes (PET), que decorreu em Cascais e que foi organizado pela Logistel.
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O secretário-geral da Comunidade Portuária de Lisboa, António Belmar da Costa, contestou o facto de os parceiros económicos não terem sido ouvidos pelo Governo durante o processo de elaboração do PET. O responsável afirmou que o PET faz um balanço dos investimentos em curso nos portos portugueses e o que aponta de novo são dois estudos.
«No documento, o que vem de novo são dois estudos: um no porto de Lisboa e outro no porto de Sines. Aponta-se para dois estudos, não se aponta para obra feita», disse Belmar da Costa citado pela Lusa.
Já o vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Nunes da Silva, defendeu o reforço do papel dos municípios na gestão dos transportes, afirmando que «criar autoridades e institutos é perder tempo».
O vereador disse ainda que as empresas de transportes «foram orientadas a recorrer sistematicamente ao crédito porque a promiscuidade entre governo e empresas era enorme e permitiu que as empresas fossem geridas em funções de ciclos políticos».
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