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O que distingue Portugal da Grécia? Rehn responde

Escalada da crise, maior consenso político e resultados da consolidação orçamental são as grandes diferenças

A diferente escala da crise, o maior consenso político e os resultados da consolidação orçamental são os três principais fatores que separam Portugal da Grécia, dois países que recorreram à ajuda internacional, defendeu esta quarta-feira o comissário europeu Olli Rehn, para quem Portugal está no caminho certo para recuperar a confiança.

«A situação de Portugal é muito diferente da Grécia», afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, após um encontro que demorou cerca de uma hora, em São Bento, com o primeiro-ministro Passos Coelho e com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

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«Desde logo, a crise [vivida nos dois países] não tem a mesma magnitude. Depois, em Portugal há um consenso político mais alargado sobre o programa de ajustamento económico. E a consolidação orçamental em Portugal já está a ter efeitos», justificou o responsável, que respondia a questões dos jornalistas.

Questionado sobre se Portugal precisará de mais tempo ou de mais dinheiro no âmbito do programa de ajuda internacional ao país, Olli Rehn disse apenas que o país tem que se esforçar por cumprir o que está estabelecido no memorando com a troika.

«É essencial que as forças políticas e os parceiros sociais se foquem no cumprimento do programa. Espero que tenha resultados», destacou.

Já sobre uma eventual redução da carga fiscal em Portugal, após o fim do programa (em 2013), o comissário considerou que «o que o futuro trará, tem que se esperar para ver».

Olli Rehn preferiu realçar que «o Governo português está totalmente empenhado em cumprir as metas do défice» e concentrado «nas reformas económicas e orçamentais em andamento para restaurar a competitividade económica do país».

O comissário europeu termina esta quinta-feira a visita de dois dias a Lisboa. Na agenda, tem reuniões marcadas com o governador do Banco de Portugal, com o Presidente da República e com a Presidente da Assembleia da República, para além de três audições no Parlamento.

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