Na Alemanha, reina a prudência e uma reflexão sobre o passado, em relação à Grécia. O ministro das Finanças Wolfgang Schäuble disse que refletiria "bastante" antes de dizer, como disse em 2012, que a Grécia conseguiria evitar o incumprimento. A realidade, agora, é diferente, sustenta.
"Hoje refletiria bastante antes de repetir isso".
"A decisão soberana e democrática do povo grego coloca-nos numa situação muito diferente da de 2012", afirmou, numa alusão à chegada ao poder do Syriza, esquerda radical, que ganhou as eleições gregas realizadas no fim de janeiro.
O Grupo de Bruxelas, que reúne as instituições antes denominadas de ‘troika’ e os responsáveis gregos, retomou esta quarta-feira, e até sábado, as negociações presenciais em Bruxelas sobre as reformas a adotar por Atenas. Desde finais da semana passada que não havia trabalhos presenciais deste grupo que tenta chegar a entendimento sobre as medidas que o Governo helénico deve executar em troca de ajuda financeira.
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A Comissão Europeia advertiu há dois dias que o tempo está a esgotar-se. O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, disse ontem que acredita que haja acordo dentro de uma semana.
Desde fevereiro que o Governo liderado por Alexis Tsipras negoceia com a Comissão Europeia, FMI e BCE reformas a executar no país para fechar a última avaliação do programa de resgate e, assim, serem libertados, pelo menos, parte da última parcela do atual programa de resgate, de 7,2 mil milhões de euros.
A chegada de dinheiro a Atenas assume-se como cada vez mais fundamental face à escassez dos cofres públicos, como assumiu o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis. “A liquidez é um assunto terrivelmente urgente”, admitiu.
Em junho, a Grécia tem de fazer face ao pagamento de 1.500 milhões de euros ao FMI, a começar por 300 milhões de euros já no dia 05. Ontem mesmo, a presidente do FMI, Christine Lagarde, advertiu que a sua instituição não vai permitir que a Grécia falhe os pagamentos.
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