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Crise: «Alemães deviam deixar de jogar à defesa e passar ao ataque»

Primeiro-ministro espanhol pede mais iniciativa a Berlim para conter crise da dívida na Zona Euro

A Alemanha devia ter mais iniciativa e estabelecer compromissos para conter a crise das dívidas soberanas na Zona Euro, na perspectiva do primeiro-ministro espanhol.

«Queremos que a Alemanha não jogue só à defesa, mas sim no centro do ataque», disse José Luíz Zapatero, em entrevista a vários jornais alemães. Estas declarações surgem dois dias antes de mais uma Cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, em Bruxelas, que deverá ser dominada pelo combate às dívidas públicas dos chamados países periféricos, incluindo Espanha e Portugal.

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O chefe do governo espanhol advogou o reforço do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), e o Pacto de Competitividade que a chanceler alemã Angela Merkel tenciona propôr aos parceiros da moeda única.

Mais importante do que o aumento do fundo de resgate europeu, debate que tem dominado as preocupações dos líderes comunitários, «é trabalhar para um novo pacto de

competitividade, para dar mais confiança aos mercados».

Sistema financeiro português está «relativamente bom»

Sobre Portugal, o primeiro-ministro espanhol está confiante na capacidade de o país resolver os seus problemas financeiros. Zapatero lembrou que Lisboa reduziu o défice orçamental e que «tem o seu sistema financeiro numa situação relativamente boa».

O chefe do Governo espanhol disse ainda estar convicto de que a UE e a Zona Euro darão mais ajudas à Grécia, se necessário. Quanto a Espanha, o país «é forte, solvente e está a fazer os seus trabalhos de casa e as reformas necessárias», disse, citado pela Lusa.

Zapatero, que se reunirá com a chanceler Angela Merkel, na quinta-feira, em Madrid, presidindo a mais uma cimeira germano-espanhola, advertiu ainda os países da Zona Euro para não contabilizarem os seus contributos e as suas vantagens, no quadro do debate sobre a superação da crise das dívidas soberanas.

«Se cada um começar a dizer o que dá e o que não dá, tiramos a alma ao projecto europeu». A integração europeia não será possível «se se olhar apenas para quem perde e quem ganha».

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