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Grécia: «Alargar maturidade da dívida é solução possível»

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Alemães dizem que reestruturação da dívida da Grécia só pode ter lugar numa base voluntária

A Associação de Bancos Alemães defendeu esta quarta-feira que o alargamento dos prazos de pagamento dos títulos gregos pode ser «uma solução possível» para um pacote de ajuda de combate à crise da dívida soberana. Isto depois de se saber que os planos alemães para a Grécia ameaçam Portugal.

Em comunicado, o presidente do grupo que representa mais de 210 credores (entre os quais o Deutsche Bank) Andreas Schmitz, disse que a reestruturação da dívida da Grécia só pode ter lugar numa base voluntária e que a participação dos investidores só deve ocorrer como última etapa de qualquer solução.

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Já esta quarta-feira, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, propôs uma prorrogação de sete anos dos títulos da dívida grega, para evitar uma falência desordenada deste país da Zona Euro, segundo o matutino Sueddetusche Zeitung.

Além disso, Schäuble exige que os credores privados participem nesta forma de reestruturação da dívida helénica, noticia o jornal de Munique, que diz ter tido acesso a uma carta enviada pelo ministro das Finanças alemão aos seus homólogos do Eurogrupo e ao presidente do banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.

De acordo com a missiva, os credores privados da Grécia deveria assim trocar os títulos da dívida pública deste país que possuem por novos títulos com uma maturidade de mais sete anos.

O fardo de uma ajuda externa adicional à Grécia - que há pouco mais de um ano recebeu um empréstimo de 110 mil milhões de euros do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, mas continua à beira da bancarrota - «tem de ser suportado equitativamente pelos contribuintes e pelos investidores privados», sublinha Schäuble na carta aos seus colegas europeus.

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Segundo o Sueddeutsche Zeitung, o ministro alemão não esclarece, no entanto, se os credores privados devem apenas ser convidados a participar na solução do problema grego, ou se devem ser obrigados a isso.

Schäuble adverte ainda na sua mensagem para «o perigo real de uma falência desordenada no interior da zona euro», se não houver um novo pacote de ajudas à Grécia e se a dívida deste país não for parcialmente reestruturada.

O ministro sublinha que o volume do actual pacote de ajudas é insuficiente e considera «mais do que irrealista» um regresso da Grécia aos mercados financeiros até 2012, como estava previsto no memorando assinado com o FMI e com Bruxelas.

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