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OCDE: «Reformas estruturais são as melhores medidas de curto prazo»

Secretário-geral sublinha que economia europeia precisa de «gerar confiança»

O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) defendeu esta terça-feira que a economia europeia precisa de «gerar confiança» e considerou que «as reformas estruturais são as melhores medidas de curto prazo de que dispõe» para isso.

Angel Gurría falava esta manhã na sede da OCDE, em Paris, na apresentação do outlook económico da instituição, que traça um cenário de divergência entre os Estados Unidos e o Japão, cujas economias estão a retomar o crescimento (2,4% e 2%), e a Europa, que apresenta uma retoma lenta (0,9%), com o desemprego a aumentar 0,8% até ao final do ano, até chegar aos 11,1% em 2013.

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No caso português, a OCDE prevê recessão até meados de 2013, e aposta até na necessidade de http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/medidas-de-austeridade-ocde-previsoes-austeridade-medidas-recessao/1349958-1730.html target_=blank>novas medidas de austeridade se o país quiser cumprir as metas orçamentais acordadas com a troika.

Para a economia mundial, o secretário-geral falou numa «previsão nublada» e defendeu que é preciso, sobretudo no caso europeu, «ação agora».

As «reformas estruturais», sustentou, são as melhores ferramentas à mão dos decisores políticos. Podemos desencadear [no caso de alguns países prosseguir] reformas estruturais, eliminando obstáculos à competitividade, reformando o mercado de trabalho, estimulando a formação e a inovação, reintegrando trabalhadores, promovendo a regulação e a educação financeira, promovendo o desenvolvimento regional, criando impostos mais estimulantes para o crescimento económico ou tornando o sistema de pensões sustentável».

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Estas reformas, «fundamentais para manter o crescimento a médio e longo prazo», disse ainda, têm também a vantagem de terem «um custo reduzido» e de «mostrarem resultados mais depressa do que o que pensamos».

«O desafio é educação, tradução e comunicação. Se as pessoas entenderem o que se está a fazer, haverá uma injeção de confiança. Por isso defendemos que os Governos devem comunicar claramente o que vão fazer».

Angel Gurría sublinhou que a Europa precisa de «quebrar o ciclo vicioso que está a minar a confiança» na união monetária.

Pier Carlo Padoan, economista chefe da OCDE, que apresentou depois as linhas gerais do relatório, chamou a atenção para o facto de não ser possível «ignorar uma deterioração na zona Euro».

O economista salientou que «a consolidação orçamental dos países é um imperativo" e deixou ainda algumas pistas que a Europa pode seguir para estimular o crescimento económico: apostar mais no mercado único, apostar na inovação [«ainda não existe uma patente europeia», lembrou], o Banco Europeu de Investimento pode reforçar o seu apoio ao investimento em infraestruturas e os fundos estruturais podem ser redirecionados.

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