O secretário-geral da CGTP criticou esta sexta-feira a proposta do Governo para atribuição de bolsas a empresas que promovam estágios para jovens desempregados por considerar que «é um investimento sem retorno» que não garante emprego.
«O que nós queremos são respostas eficazes aos problemas e defendemos que todo o investimento tem que ter retorno, mas neste caso é uma verba muito grande que na prática é para apoiar empresas para contratarem estagiários sem qualquer compromisso», disse Arménio Carlos à agência Lusa no final de uma reunião com o ministro da Economia.
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O sindicalista defendeu que o investimento deve ser feito com a garantia de emprego para os jovens.
O Governo propôs à Comissão Europeia a atribuição de bolsas a empresas que promovam estágios profissionais e empreguem esses estagiários, uma medida que poderá beneficiar 91 mil jovens desempregados, mas que ainda depende do apoio de Bruxelas.
A Comissão Europeia terá de autorizar a reprogramação das verbas comunitárias atribuídas a Portugal. Se tal acontecer, o Governo propõe-se a alocar 140 milhões de euros a esta iniciativa o que, segundo as contas do executivo, poderia beneficiar 35.500 jovens.
Se Bruxelas for mais generosa e reforçar as verbas atribuídas a Portugal, então, o Governo prevê alocar 335 milhões de euros ao passaporte emprego e assim beneficiar 91 mil jovens, 50% dos inscritos no IEFP.
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