O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, fez esta quinta-feira um balanço «extremamente positivo» do dia de luta que decorreu a nível nacional, que contou com «uma adesão muito significativa de trabalhadores», sobretudo, do setor privado.
«O balanço que fazemos é extremamente positivo. Tivemos uma adesão de um número muito significativo de trabalhadores, com muita ênfase no setor privado. Tivemos inúmeras empresas do setor privado com paralisações entre uma a duas horas», disse Arménio Carlos, em declarações à Lusa.
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A defesa do emprego, do trabalho com direitos, de aumentos salariais e do Estado social levou trabalhadores de todo o país a participarem em ações de luta, que se traduziram em greves totais ou parciais e em concentrações.
A CGTP convocou este «Dia Nacional de Indignação, Ação e Luta» para mostrar ao Governo e aos patrões que não aceitam a destruição da contratação coletiva, a destruição do emprego e a precariedade.
Arménio Carlos congratulou-se com o facto de terem sido alcançados «vários resultados positivos no que se refere ao aumento dos salários», em particular, na empresa ISPORECO, integrada no cluster da Autoeuropa, e que decidiu ao início da tarde aumentar os salários mais baixos num montante que poderá ir até aos 55 euros.
Outras empresas prontificaram-se a realizar reuniões, com caráter de urgência, para discutir o aumento dos salários e a dinamização da contratação coletiva, disse o sindicalista, que reiterou «o compromisso de continuar a ação de luta até que os resultados sejam concretizados».
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Ao início da manhã, Arménio Carlos juntou-se aos trabalhadores da SAINT GOBAIN SEKURIT, em Santa Iria Azóia. Participou também no desfile dos trabalhadores do Arsenal do Alfeite e da Câmara Municipal de Almada.
À tarde, Arménio Carlos esteve presente na concentração, no Campo Grande, de trabalhadores dos Super e Hipermercados e terminou o seu périplo participando na concentração, junto ao Ministério da Economia, de trabalhadores da UNICER.
Ainda esta quinta, pelas 23:45, Arménio Carlos estará presente no início da greve dos enfermeiros, no hospital de São José, em Lisboa.
Esta luta dos enfermeiros desenvolve-se pela melhoria das suas condições de trabalho com vista a potenciar a qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem e a valorização do seu trabalho e da profissão.
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