Os bancos espanhóis superaram com «folga considerável», de mais de dois pontos percentuais, o cenário mais adverso nos testes de solvência realizados pelo Banco Central Europeu (BCE) e para Autoridade Bancária Europeia (EBA).
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«Estes resultados permitem pensar que, ainda que o setor bancário espanhol se enfrente a desafios importantes a curto e médio prazo, as entidades de crédito do nosso país enfrentam o futuro em boas condições, com os balanços saneados e uma posição de solvência adequada», explica.
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Apenas uma entidade espanhola, o Liberbank, ficou abaixo do nível estabelecido numa das duas fases dos testes, ainda que o seu défice de capital seja reduzido, de apenas 32 milhões de euros.
As medidas de reforço de capital, levadas a cabo pela entidade em 2014 por um valor total de 640 milhões de euros garantem uma «cobertura folgada» deste défice de capital, refere o BdE.
No cenário menos adverso, onde se exige um rácio mínimo de 8% de solvência, o Catalunya Banc lidera o ranking com 12,2%, seguindo-se o Kutxabank (12,1%), Bankinter (11,7 %), Unicaja (10,9%), BFA-Bankia (10,6%) e BBVA (10,5%).
Seguem-se o Santander (10,4%), Sabadell e CaixaBank (ambos com 10,3%), NCG (10,2%) e Banco Popular (10,1%).
A lista é encerrada por Cajamar (10%), Ibercaja (9,9%), BMN (9) e Liberbank (7,8%).
Os documentos do BCE revelam que no cenário mais adverso o Kutxabank é a entidade com melhor CET1 rácio, de 11,9%, seguindo-se o Bankinter (11%) e o BFA-Bankia (10,3%).
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Seguem-se o CaixaBank (9,3%), o NCG (9,1%), BBVA (9%), Santander e Unicaja (ambos com 8,9%), Sabadell (8,3%), BMN (8,1%), Catalunya Banc e Ibercaja, ambos com 8%.
A completar a lista está o Cajamar (7,9%), o Banco Popular (7,6%) e o Liberbank (5,6%).
Reconhecendo o êxito nos testes de solvência, o BdE aponta desafios futuros como um novo quadro regulatório e supervisor e um ambiente económico complexo que podem afetar a rentabilidade do setor bancário.
Os testes referem que Espanha é, depois Estónia, o segundo país da UE onde o cenário adverso reduz menos o capital (2%) e o segundo, depois da Alemanha onde menos percentagem de créditos foi reclassificada como duvidosos.
O BCE divulgou hoje os resultados das avaliações feitas a 130 bancos de 22 países europeus, entre os quais os portugueses Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco BPI e Banco Comercial Português (BCP).
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