O presidente executivo do Banif, Jorge Tomé, sublinhou na segunda-feira à noite que o banco conta com uma posição de “liquidez confortável”, garantindo que “os depositantes e contribuintes podem estar descansados”.
Em entrevista à RTP-Madeira, Jorge Tomé classificou de “disparate perfeito” um cenário de encerramento do banco, transmitindo uma mensagem de confiança aos depositantes da instituição.
PUB
“A minha mensagem, hoje, é uma mensagem de serenidade e tranquilidade para todos os clientes do banco”, acentuou.
Quanto ao reembolso da última tranche dos Cocos (de 125 milhões de euros), que deveria ter sido feita no início do ano, mas não foi, o presidente executivo do Banif justificou-a com o colapso do BES, que ‘contaminou’ a instituição.
“Teve um impacto bastante negativo no Banif, foi por isso que o Banif não pagou esta última tranche dos chamados CoCos de 125 milhões de euros”, declarou ainda Jorge Tomé na entrevista à RTP Madeira.
No domingo à noite, a TVI avançou que o Estado está a estudar a aplicação de uma medida de resolução na instituição financeira e que poderá haver uma decisão ainda esta semana.
Segundo a TVI conseguiu apurar, essa medida deverá passar pela criação de um 'banco mau' onde serão colocados os ativos tóxicos da instituição e que poderá implicar perdas.
PUB
Essas informações levaram o Ministério das Finanças a publicar uma nota, ao início da madrugada de segunda-feira, a afirmar que está a acompanhar a situação do Banif, nomeadamente a tentativa de venda do banco a um investidor estratégico e a garantir que irá proteger os depositantes.
O Banif emitiu um comunicado ao mercado, também na segunda-feira, a dizer que qualquer cenário de resolução ou imposição de uma medida administrativa não tem “sentido ou fundamento”, após a divulgação de notícias que dão conta de que o Estado se prepara para intervir no banco.
A Comissão Europeia disse que qualquer solução a encontrar para o Banif terá que "assegurar a plena proteção dos depósitos garantidos".
O Banco tinha, no final de setembro, cerca de 1.700 trabalhadores em Portugal.
PUB