O Banco de Portugal pediu esclarecimentos à Montepio Holding sobre duas operações, uma da Caixa Económica e outra do Finibanco Angola, através de uma carta escrita e enviada no início de abril pelo departamento de supervisão prudencial do regulador.
O pedido surge a propósito da nomeação de novos nomes para os órgãos sociais desta holding. O supervisor faz depender a luz verde à idoneidade dos novos órgãos sociais da Montepio Holding à prestação desta informação.
A primeira operação visada pelo regulador foi realizada no primeiro semestre de 2014 pela Caixa Económica Montepio Geral.
Refere-se "a três operações de financiamento do ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo, dos quais resultam indícios de incumprimentos materiais relevantes ao nível do sistema de controlo interno da instituição".
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Esta operação, diz o banco central, indicia também que a Caixa Económica "não dispunha de um sistema adequado e eficaz de controlo interno que lhe permitisse a identificação e controlo das operações de subscrição/aquisição posterior das unidades de participação com origem no financiamento, direto ou indireto, de entidades que integravam o grupo Montepio".
A Montepio Holding resultou da aquisição do Finibanco em 2011, e é detida a 100% pelo banco Montepio Geral. Detêm várias sociedades a 100% e mais de 80% do Finibanco Angola, que é também presidido por Tomás Correia.
Na carta enviada a 7 de abril deste ano, o BdP pede que os esclarecimentos sobre as operações em causa sejam devidamente fundamentados e pede o suporte documental dos elementos a ser prestados, bem como quaisquer outros documentos que sejam convenientes para a completa informação dos factos em causa.
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