Decorridos mais de sete meses desde que o Banco de Portugal decretou a medida que separou o BES em dois e quatro meses depois de ter sido ouvido, pela primeira vez, na comissão de inquérito ao Banco Espírito Santo e ao Grupo Espírito Santo, o governador do BdP voltou esta quarta-feira ao Parlamento. Carlos Costa aproveitou, logo na sua declaração inicial, para responder a Ricardo Salgado, ao dizer que a resolução não destruiu o BES:
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«A resolução não foi uma medida de destruição de uma instituição Repito: a resolução não foi uma medida de destruição de uma instituição»
«Factos graves e imprevisíveis revelados nas contas do primeiro semestre de 2014, o BdP viu-se confrontado com apenas duas opções - repito, duas opções - a resolução ou a liquidação do BES»
Banco de Portugal queria plano, não recapitalização imediata«Hoje já ninguém põe em causa que a medida de resolução permitiu preservar o sistema financeiro nacional: depósitos protegidos; assegurou-se a continuidade do financiamento da economia; salvaguardaram-se interesses dos contribuintes e do erário público»
Carlos Costa contrariou a ideia de que o BdP fez um ultimato ao BES para apresentar uma recapitalização privada em 48 horas. O governador alega que o que foi pedido foi um plano.
A apresentação de um plano «era basicamente apresentarem-nos umas cartas a dar garantias 'de que vamos repor os rácios de solvência no prazo que nos é imposto para continuar a atividade'. E isso ninguém fez. O que aconteceu foi chegarem a nós e dizerem 'não temos solução'»
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«O que nos foi dito [pelo conselho de administração do BES] é que não havia qualquer capacidade de recapitalizar o banco». Daí a via escolhida, da resolução, para evitar a liquidação, argumentou. E admitiu ainda:
«Nunca imaginei que ia fazer uma resolução»
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