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«Maior problema de Portugal já não é FMI»

Presidente da AICEP assume-se «humilhado» para imagem de Portugal no exterior

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considera neste momento há um problema maior do que um resgate do FMI que é a forma como o país está a ser tratado pelo exterior, considerando esse tratamento «humilhante».

«A vinda do FMI já não é o problema mais complicado que temos, mas a imagem que estamos a dar, de um país inconsistente, sem Parlamento, sem Governo, com declarações contraditórias. Um país que não se governa nem deixa governar, como alguém disse», apontou Basílio Horta, citado pela Lusa.

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O presidente da AICEP admite que «esta imagem prejudica-nos muito» na hora de «vender» o país aos investidores estrangeiros.

E leva o descontentamento ainda mais longe: «Para pessoas da minha geração há um aspecto mais sensível que é a dignidade nacional. Senti-me um bocado humilhado quando vi uma líder de um país estrangeiro [Angela Merkel], por muito respeito que se tenha pela pessoa, a dizer «entendam-se lá, digam que PEC querem apresentar»».

Basílio Horta acrescenta que «num país com 900 anos de história» este tipo de declarações, como as da líder alemã, «as pessoas sentem-se um pouco desconfortáveis».

«Com franqueza devo confessar que me sinto até um pouco humilhado com isto».

Basílio Horta confessou-se assim preocupado com «a imagem que o país passa para o exterior» numa altura em que a AICEP tenta vender Portugal aos investidores estrangeiros. Daí que um eventual pedido de apoio ao FMI não seja visto com bons olhos, recordando que «o FMI é cego».

«Não tem a humanidade que um qualquer Governo, por muito pior que seja, tem».

«Venho transmitir uma mensagem de fé, de esperança e confiança aos empresários. De que não podemos baixar os braços e que há mais mundo para além da crise», disse o responsável da AICEP num encontro em Ponte de Lima, com empresários locais.

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