O presidente do Banco Central Europeu admitiu esta quarta-feira que a situação económica «continua muito exigente» e apelou a uma continuação dos esforços de reforma do sistema financeiro.
«Os meus colegas e eu mesmo pedimos perseverança e determinação na reforma do sistema financeiro. O contexto económico continua muito exigente. O tempo da complacência não chegou. Trata-se de permanecer atento, vigilante e muito determinado», disse, segundo o texto de um discurso pronunciado durante um encontro financeiro em Bruxelas, citado pela agência Lusa.
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Trichet preveniu que no caso de uma nova crise financeira e bancária, está «convencido» de que não será obtido «o mesmo esforço gigantesco» que permitiu manter o sistema financeiro mundial durante a crise.
«Uma depressão económica seria inevitável». Por isso apelou «ao diálogo e a coordenação ao nível internacional» para as reformas.
Entre as reformas que considera mais importantes, Trichet citou a necessidade de atacar o problema dos bancos «de importância sistemática», centrando atenções nas entidades grandes demais, o too big to fail, já que os Estados não têm quase outra escolha que não salvá-los.
Também apelou «a uma extensão do controlo das instituições e a mercados insuficientemente cobertos pela regulação» e a «mais trabalho sobre as agências de notação» financeira.
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