As declarações de Mário Draghi, na quinta-feira, foram mais fortes que a instabilidade política que se vive em Portugal. Pelo menos para os mercados. A hipótese de revisão da política monetária do Banco Central Europeu em dezembro, com novos e mais estímulos à economia da zona euro, provocou uma descida dos juros da dívida pública na Europa e os juros portugueses acompanharam a tendência. Os juros das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos terminaram a semana a 2,363%, o valor mais baixo desde maio passado.
O efeito Draghi também se aplicou à bolsa, pelo segundo dia consecutivo. A Bolsa de Lisboa acompanhou a tendência das congéneres europeias e subiu 1,01%, parecendo imune aos ecos de instabilidade política, depois do presidente da República ter indigitado Passos coelho como primeiro-ministro, sem uma maioria parlamentar que o sustente.
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A Mota Engil foi a estrela desta sexta-feira, com um ganho de 6,368%. A recuperar das quedas das últimas sessões esteve a NOS, a fechar a semana com ganhos de 2,436%.
BCP recupera e Banif afundaCom sinal negativo, o BPI recuou 2,010%, depois dos ganhos das últimas sessões, por causa da expetativa dos resultados trimestrais que serão apresentados na próxima semana.
O Banif voltou às quedas, depiois de dois dias inalterado. O banco perdeu 6,667% e termina uma semana verdadeiramente negra para o título, com o valor das ações a ficar abaixo das três décimas de cêntimo (0,0028€ por ação).
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