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“Os compradores não devem acreditar no que diz o Banco de Portugal”, disse à Lusa o presidente da AIEPC - Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC), Ricardo Ângelo, defendendo que os compradores devem ouvir a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a comissão de inquérito e o relatório forense.
Esta sexta-feira foi tornado público que o Banco de Portugal informou os interessados na compra do Novo Banco que não terão de reembolsar os clientes do BES que subscreveram papel comercial do GES.
A questão foi colocada pelos próprios interessados no negócio e a resposta, que consta de uma deliberação de 13 de maio, foi divulgada no site da instituição liderada por Carlos Costa.
"A presente deliberação reitera as anteriores declarações do Banco de Portugal sobre os efeitos da medida de resolução."
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A Fosun, o Santander, os fundos Apollo e Cerberus e a Anbang são os interessados que se mantêm na corrida pela compra do Novo Banco. Carlos Costa assegurou esta semana que o processo de venda do Novo Banco está na reta final, uma vez que se entrou na fase das "ofertas vinculativas", a serem entregues até 30 de junho.
A Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) vai apresentar queixas-crime contra os responsáveis pela venda de papel comercial, deslocando-se a agências do Novo Banco para identificar os envolvidos no processo.
“O governador inicia mal o seu mandato, defendendo a banca e deixando para trás as pessoas. Parece que está a retribuir o favor do Governo na renovação do mandato”, adiantou Ricardo Ângelo.
Se não forem ouvidos, os manifestantes prometem novo protesto em Lisboa, na Avenida da Liberdade, a 10 de agosto, disse à Lusa a organizadora da concentração, Amélia Reis, de 57 anos, antiga ama dos sobrinhos de Ricardo Salgado e a viver em Paris desde 1976.
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