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Mercados à beira de um ataque de nervos

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Os mercados não tranquilizam. Nem mesmo as garantias de que a ajuda europeia à Grécia vai chegar em breve e muito a tempo de o país pagar os 8,5 mil milhões de euros que vencem a 19 de Maio acalmaram o estado de nervos dos investidores.

Os mercados passaram o dia num sobe e desce, em reacção às inúmeras declarações feitas por responsáveis políticos e económicos a nível mundial. O presidente do Banco Central Europeu (BCE), o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro das Finanças e a chanceler da Alemanha, responsáveis da União Europeia e muitas outras personalidades desdobraram-se em declarações dizendo que nenhuma economia europeia está numa situação comparável à da Grécia, mas admitiram que se a situação grega não for solucionada com urgência, pode contagiar toda a Zona Euro.

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Perto do fecho da sessão chegou a notícia de que a S&P, a agência que na terça-feira tinha cortado a nota de Portugal e Grécia, cortara também a classificação da dívida espanhola.

Bancos afundam após corte de rating

Resultado: os investidores estão a ser dominados pelo medo. Na praça nacional, o PSI20 fechou a cair 1,89% para 7.016,90 pontos, com apenas uma empresa no verde e com 11 empresas a registarem o valor mais baixo em mais de um ano. O volume de negociações também foi anormal: 266 milhões de acções transaccionadas, 148 milhões das quais couberam apenas ao BCP. Em média, nos últimos 12 meses, o PSI20 transacciona pouco mais de 50 milhões de acções.

Os bancos estiveram entre os títulos mais penalizados, depois de, também eles terem sofrido um corte de classificação por parte da S&P.

O BCP, que tem sido alvo de vendas a descoberto, e que foi classificado pela agência de notação financeira como o mais fragilizado entre os pares, voltou a baixar 1,94% para 66 cêntimos por acção.

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Entretanto, o banco apresentou resultados relativos ao primeiro trimestre do ano. Os lucros caíram 9,6% face aos primeiros três meses de 2009, para 96,4 milhões de euros.

O BES também deslizou 2,62% para 3,16 euros e o BPI baixou 8,27% para 1,53 euros.

Quedas generalizadas em Lisboa

Mas os bancos estiveram longe de ser os únicos em destaque pela negativa. A Mota-Engil liderou as descidas, caindo 8,33% para 1,52 euros.

Sonaecom, Semapa e Sonae Indústria caíram mais de 5%, Zon e Altri mais de 4%, Inapa e Jerónimo Martins mais de 3%.

Na energia, a Galp voltou a deslizar 2,22% para 11,69 euros e a EDP 1,34% para 2,59 euros.

A Brisa foi a única a escapar ao pessimismo, subiu 1,86% para 5,25 euros, no dia de apresentação de resultados. Já depois do fecho soube-se que os ganhos subiram 4,6% para 17,7 milhões de euros.

Europa fecha em queda

Lá por fora, também predominaram os ganhos, excepção feita à praça grega, que até conseguiu encerrar com ganhos.

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Apenas Madrid caiu mais do que Lisboa. A notícia do corte de rating por parte da S&P chegou poucos minutos antes do fecho, mas foi o suficiente. Numa primeira reacção a quente a praça espanhola caiu 2,99%.

De resto, as restantes praças mostraram-se menos agitadas. O CAC francês desceu 1,5%, o DAX alemão 1,22% e o FTSE inglês 0,3%.

Do outro lado do Atlântico, os investidores também estão de olhos postos na crise europeia. O Nasdaq cai 0,36% e o Dow Jones sobe 0,1%.

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