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Brasil: classe média representa metade da população

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Cerca de 29 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2003 e 2009

Cerca de 29 milhões de brasileiros saíram da pobreza entre 2003 e 2009 e integraram a classe média, que representa metade da população do Brasil, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado este sábado, citado pela agência Lusa.

Cerca de 94,9 milhões de pessoas, ou seja 50,5 por cento dos brasileiros, fazem parte desta classe social, cujos salários vão dos 1126 aos 4854 reais mensais (dos 512 aos 2210 euros).

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«Nunca a classe média foi tão importante neste país», congratulou-se Marcelo Neri, autor do estudo que foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

Em 1992, a classe média representava apenas um terço da população, sublinhou este investigador do Centro de Políticas Sociais da FGV, acrescentando que as desigualdades sociais «diminuíram desde 2001».

De 2001 a 2009, a receita per capita de dez por cento dos brasileiros mais ricos aumentou 1,49 por cento, ao passo que as receitas dos mais pobres progrediram 6,79 por cento por ano.

A população mais rica representa 20 milhões de brasileiros (10,5 por cento da população), mas detém 50 por cento das receitas, o que faz do Brasil um dos dez países onde há mais desigualdades em todo o mundo, afirmou Marcelo Neri.

No entanto, a classe média concentrava 46,2 por cento do poder de compra dos brasileiros em 2009, ultrapassando os mais ricos, com 44,1 por cento do poder de compra.

«O tamanho do bolo brasileiro cresce mais rápido e com mais fermento entre os pobres», ilustrou o investigador, acrescentando que, se o crescimento do Brasil continuar inferior ao da China ou ao da Índia, a sua qualidade é, «sem dúvida nenhuma, melhor».

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Isto porque, no Brasil, esse crescimento se faz acompanhar de uma queda constante das desigualdades sociais, o que não é o caso nos outros dois países, acrescentou Neri.

Esta redução das desigualdades deve-se sobretudo a um melhor nível de escolaridade, sobretudo nas escolas técnicas, e à criação de milhões de empregos neste período.

Em 2009, foi criado mais de um milhão de empregos, apesar da crise económica. Este ano, devem ser criados mais dois milhões de novos postos.

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