Já fez LIKE no TVI Notícias?

PT investiu na RioForte de forma «consciente» e «instruída»

Relacionados

É um «investidor qualificado», diz o CEO da holding não financeira do Grupo Espírito Santo, no dia em que a sede da operadora de telecomunicações foi alvo de buscas por suspeitas de burla qualificada, precisamente por causa do investimento de 900 milhões na RioForte

Foi assim que Rodrigues Pena respondeu, depois de já ter sido confrontado pela deputada do PS, Ana Paula Vitorino, com a notícia das precisamente no investimento em causa. A , segundo o relatório da consultora PriceWaterHouseCoopers sobre o dito empréstimo a que a teve acesso.

A Portugal Telecom não é um investidor qualquer. Foi isso mesmo que lembrou, esta terça-feira, na comissão de inquérito ao BES/GES, o presidente executivo (CEO) da RioForte. João Rodrigues Pena disse aos deputados que uma empresa como a PT, ainda por cima quando está em causa um investimento de 900 milhões de euros na RioForte, terá de o fazer de forma «consciente e instruída».

«A PT é um investidor qualificado. Tem, como qualquer investidor qualificado, plena consciência das decisões que toma, tanto mais da dimensão e da natureza da decisão que tomou aqui»

buscas que realizadas esta terça-feira na sede da PT, por suspeitas de burla qualificada

PUB

empresa teve, de resto, de se endividar para emprestar dinheiro à RioForteTVI

Mas o CEO da holding não financeira do Grupo Espírito Santo descarta responsabilidades nesse investimento. Ninguém obrigou a PT a aplicar dinheiro na RioForte. Foi isso que quis notar ao dizer que acredita que «um tomador de uma emissão obrigacionista fá-lo seguramente de uma forma consciente e instruída». «A operação de que estamos a falar é uma operação que cuja decisão terá cabido à entidade tomadora», ou seja, a PT.

Para além do mais, lembrou, «existiu renovação em abril das linhas de financiamento da PT tomadas em fevereiro. Se não fosse uma situação de mínimo conforto», em relação ao investimento, a renovação «não teria existido». Até porque, acrescentou, o relatório de auditoria da Ernst & Young, de março de 2014, é anterior a essa renovação. A PT estava, por isso, informada, porque o relatório estava disponível no momento da decisão.  

PUB

O CEO da RioForte notou também  que o endividamento da RioForte junto da PT foi assumido pelo «conselho da administração, sob solicitação do acionista», isto é, a Espírito Santo Internacional. Quem intermediou a operação, pela ESI, terá sido, segundo explicou, Manuel Fernando Espírito Santo, que era o presidente do conselho de administração.

Na sua audição, João Pena mostrou-se «muito frustrado» com o destino da RioForte que, vê agora, «estava infelizmente condenada desde o início». Ou seja, desde que foi criada, em 2009.

Citando por diversas vezes Manuel Fernando Espírito Santo como o elo de ligação entre a ESI, acionista única da RioForte, e esta holding não financeira do Grupo Espírito Santo, o CEO da Rio Forte admitiu, como a generalidade dos inquiridos nesta comissão (e já lá vão 22 pessoas) que Ricardo Salgado era eve «claramente» o seu «cunho» em decisões importantes. «Era o líder claro do grupo. Já foi admitido por várias pessoas e é admitido por mim também, de acordo com a minha experiência».

No final da audição, foram aprovados os requerimentos dos próximos dois inquiridos. O controller financeiro do GES, José Castella, e o contabilista Francisco Machado da Cruz vão ser ouvidos à porta fechada

PUB

Relacionados

Últimas