A polémica em torno da taxa intermédia de IVA e a redução da Taxa Social Única não se sente apenas entre PS e PSD. Mesmo na São Caetano à Lapa, Eduardo Catroga e Passos Coelho parecem não se entenderem sobre a taxa intermédia.
O líder do PSD garantiu ontem, no debate com Jerónimo de Sousa, na TVI, que é falso que os sociais-democratas queiram acabar com o IVA de 13% e voltou hoje a fazê-lo, dando garantias de que «as três taxas são para manter», mas Catroga defende apenas a existência da mínima e da máxima.
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A certeza do presidente do PSD não é a mesma do coordenador eleitoral do programa de Governo, que esta quarta-feira, em entrevista ao jornal «Público» diz que para compensar os 1500 milhões de euros, que a redução da taxa social única implica, é preciso fazer reajustes nos escalões do IVA. E a mexida que lhe parece mais óbvia, é precisamente a da restauração, a única área taxada a 13%.
«Vamos discutir isso tecnicamente, mas há um potencial: a taxa intermédia do IVA. Quem a criou foi o engenheiro Guterres. No meu tempo, havia apenas a taxa mínima e a máxima, tal como na maior parte dos países.
A taxa intermédia serve para quê? Há aqui um grande potencial de aumento de receita».
E há potencial aumento de receita, potencial contradição com o líder do PSD, e potencial para que o PS aproveite a descoordenação social-democrata para levantar poeira nesta campanha e José Sócrates acusa a equipa laranja de, com esta medida, prejudicarem a restauração e o turismo.
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