A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCSP) pediu esta sexta-feira urgência na introdução do subsídio de desemprego para sócios-gerentes, alertando que muitas empresas fechadas eram dirigidas por casais que o mercado de trabalho convencional não absorve.
Ao abordar a matéria, no Porto, com o secretário de Estado da Segurança Social, Marco António Costa, o presidente da CCSP, João Vieira Lopes, disse que este ano se deverá repetir o cenário de 2011, altura em que fecharam mais de cem estabelecimentos por dia.
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«Em parte desses estabelecimentos, os seus gerentes muitas vezes são casais numa fase de vida em que praticamente não têm direito a empregabilidade», disse o dirigente associativo, assinalando que «poderá haver algumas dezenas de milhar de pessoas nessas circunstâncias», cita a Lusa.
A proteção social para comerciantes e membros de órgãos estatuários está prevista no acordo tripartido de concertação social e Marco António Costa previu que o plano governamental alusivo esteja ultimado até ao final deste mês.
Marco António Costa escusou-se, contudo, a adiantar pormenores da proposta final do executivo, argumentando que os primeiros a conhecê-la em detalhe, «e a contrapor as suas propostas», serão os parceiros sociais.
Ainda segundo o governante, a reunião com a CCSP - na qual também esteve presente a Associação de Comerciantes do Porto - serviu igualmente para obter a «cumplicidade positiva entre o mundo empresarial e o Estado» na aplicação de um programa de microcrédito, com uma primeira tranche de 15 milhões de euros, para ajudar a nascer e a vingar os pequenos projetos empresariais de matriz inovadora.
O programa «Impulso Jovem», para abrir as portas do mundo de trabalho a 89 mil jovens, foi outra das matérias em debate, tendo o governante sublinhado a necessidade de um «envolvimento forte» das estruturas sociais na sua implementação.
«O seu sucesso dependerá muito da capacidade de envolvermos ativamente aqueles que têm experiência acumulada».
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