O CDS-PP anunciou esta terça-feira que vai chamar o ministro das Finanças ao Parlamento para que este explique a solução do Governo para o Banco Português de Negócios (BPN) e os seus custos para os contribuintes.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, a deputada do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou o Governo de «nunca ter dado grandes explicações» aos deputados sobre a reprivatização do BPN, apesar de, pelo que tem sido noticiado pela comunicação social, já ter «o esquema todo pensado».
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«A solução encontrada pelo Governo passa - como, aliás, nós tínhamos vindo a dizer desde o início - por ficar com a parte má do lado do Estado, e a parte boa ser vendida aos privados por um valor que ainda não se sabe qual será», considerou.
«É preciso perceber com toda a clareza como é que a operação vai ser montada e que custo é que tem para os contribuintes», defendeu Assunção Cristas citada pela Lusa.
Além de pedir a audição do ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, o grupo parlamentar do CDS-PP dirigiu-lhe por escrito um conjunto de doze perguntas sobre a reprivatização do BPN.
«Confirma-se o esquema que tem sido noticiado segundo o qual o BPN venderá activos a três sociedades veículo criados pelo Estado ¿ um de imobiliário, um de participações sociais e um que comprará «créditos maus» - encaixando cerca de 3 mil milhões de euros», é a primeira questão que os centristas querem ver esclarecida.
O CDS-PP quer também confirmar se este eventual «esquema» implica que o BPN «abaterá na dívida à Caixa Geral de Depósitos (CGD)» os referidos 3 mil milhões «e, por seu lado, para realizar a operação, esses veículos contraem dívida junto da CGD com as mesmas garantias do Estado».
Entre outras questões, o CDS-PP quer perceber «como é que isto vai aparecer nas contas públicas» e como é que o Governo «vai cumprir as regras do Eurostat», disse Assunção Cristas.
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