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Alemanha «mais pessimista» para cimeira

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«Alguns dos nossos parceiros ainda não perceberam a gravidade da situação», diz fonte governamental

A Alemanha perdeu algumas das esperanças quanto ao êxito da cimeira europeia desta semana, que muitos consideram crucial para salvar a Zona Euro.

«Tenho que dizer que estou mais pessimista do que estava na passada semana quanto às hipóteses de alcançar um acordo total», disse à agência noticiosa francesa AFP uma fonte governamental. «Alguns dos nossos parceiros ainda não perceberam a gravidade da situação», afirmou a mesma fonte, citada pela Lusa, tendo pedido o anonimato.

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A cimeira europeia desta semana, que arranca na quinta-feira com um jantar e prolonga-se depois na sexta-feira, é vista pelos analistas como decisiva para travar o contágio a toda a Zona Euro da crise da dívida soberana e conseguir assim salvar a moeda única europeia.

«Precisamos de dar um passo decisivo em direção à estrutura da Zona Euro no futuro». «Não podemos fazer isto com uma série de passos pequenos».

A mesma fonte, que falou com diversos jornalistas em Berlim, referiu que a Alemanha insiste ou numa revisão dos tratado europeu para aplicar as novas medidas de governação orçamental aos 27 países da União Europeia ou, então, um novo instrumento que se aplique só aos 17 Estados da Zona Euro e a quem mais se quiser juntar, dos outros dez.

Eurobonds não

O responsável governamental alemão rejeitou também a proposta do presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, que prevê o reforço da disciplina fiscal dentro do tratado existente, para evitar alterações dos tratados e manteve a posição de Berlim na recusa aos títulos de dívida emitidos e pagos em comum por todos os países da região que partilha a moeda única (as chamadas eurobonds).

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As euro-obrigações vão «aumentar os problemas, não os vão reduzir». «Ninguém pode, a sério, dizer que as eurobonds são a resposta certa para esta crise».

França e Alemanha já anunciaram que vão propor, na cimeira de sexta-feira, mudanças ao tratado europeu para reforçar o quadro de disciplina orçamental na Europa, quase dez anos depois da moeda única ter nascido.

Estas propostas levaram já o primeiro-ministro britânico, David Cameron, a ameaçar vetar qualquer proposta que seja conta os interesses do Reino Unido, que está fora da Zona Euro.

Citado pela AFP, o responsável governamental alemão defendeu que as novas regras terão de ser «legalmente obrigatórias» para, pelo menos, os 17 países da Zona Euro, mas que os outros Estados estão «cordialmente convidados» a juntarem-se.

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