A Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) disse esta sexta-feira que o Governo «está claramente empenhado» em minimizar os efeitos da subida do preço do combustível, estando a estudar a introdução de gasóleo profissional.
«O Governo está claramente empenhado em minimizar a escalada dos preços e está claramente com um projecto viável da ANTP em mãos, que é o gasóleo profissional, e quer claramente aplicá-lo», afirmou à Lusa o presidente da ANTP.
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Artur Mota disse que esta foi uma das conclusões da reunião de quinta-feira à noite entre a associação e responsáveis da Secretaria de Estado dos Transportes.
O presidente da associação, que representa transportadores rodoviários de mercadorias, disse que para que a introdução do gasóleo profissional possa avançar «é preciso que o Ministério das Finanças encare o problema da mesma forma que a Secretaria de Estado dos Transportes».
Artur Mota disse que a ANTP vai aguardar mais uma semana por uma resposta do Governo.
Contactada fonte oficial do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações disse que o «Governo se comprometeu a estudar uma solução em conjunto com os operadores, comparando-a com modelos já existentes na Europa».
Preço deverá aumentar entre 8 e 10%
O ministério salienta que «a decisão final terá de ser tomada com outros ministérios envolvidos depois do processo estudado tendo em o PEC [Programa de Estabilidade e Crescimento] e a Lei orçamental».
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O secretário-geral da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), a outra associação que representam os camionistas, admitiu esta semana que o preço cobrado deverá aumentar entre oito e dez por cento devido à subida dos combustíveis.
Os dados mais recentes da Comissão Europeia apontam Portugal como tendo o gasóleo mais caro da Europa, a seguir à Grécia e à Finlândia, enquanto o mais barato é da Irlanda, Áustria e Reino Unido.
Depois de impostos o cenário muda: o gasóleo português quando chega ao público é o 8.º mais caro da UE-27. Com impostos o gasóleo mais caro é do Reino Unido, seguido da Suécia e, depois, da Grécia.
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