Pedro Duarte Neves confirmou a versão do governador Carlos Costa sobre os momentos em que o Banco de Portugal foi informado dos atos de gestão «ruinosos» no BES.
Segundo o vice-governador, a falta de indícios «inequívocos» impediu o Banco de Portugal de afastar Ricardo Salgado mais cedo.
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O resumo da audição em 5 pontos:
- Ricardo Salgado dificultou a sua saída e admitiu que estava «limitado» nos seus poderes, mas que a «persuasão moral» funcionou. Idoneidade não foi retirada porque os indícios não eram «inequívocos»
- Nega que tenha tido conhecimento dos prejuízos no banco mais cedo do que o governador. Na reunião que teve com a auditora KPMG, que analisou as contas do BES, «não foi referido que teria que haver perdas»
- No final de 2013, soou «mais do que uma campainha de alarme» em relação à Espirito Santo International. O que aconteceu foi um «erro contabilístico». Não se lembra bem, mas pensa que o contabilista só foi ouvido no Banco de Portugal depois da medida de resolução
- Estava convencido que o BES tinha uma «almofada» suficiente. Os atos de gestão «ruinosos» só foram conhecidos na segunda quinzena de julho
- No caso do Eurofin e da recompra de obrigações, informação pode ter sido «sonegada»
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