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Compra de dívida pelo BCE cai para 4,48 mil milhões

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Valor compara com 9,5 mil milhões de euros da semana anterior

O BCE reduziu a compra de dívida soberana dos países em maiores dificuldades a semana passada para 4,48 mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira a instituição, no dia em que os juros cobrados à Itália atingiram níveis recorde.

A instituição agora liderada por Mário Draghi (que sucedeu no início do mês a Jean-Claude Trichet) afirmou que na semana terminada a 11 de Novembro adquiriu 4,48 mil milhões de euros em compra de dívida no mercado secundário face aos 9,5 mil milhões de euros da semana anterior.

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O banco anunciou também que - como todas as semanas - vai promover mais uma operação de captação de depósitos a sete dias para absorver os 187 mil milhões de euros de liquidez criados com o programa iniciado em maio de 2010, uma prática destinada a segurar que esta medida não convencional não contribui para alimentar a inflação.

BCE deverá «intervir»durante muito mais tempo

Para muitos economistas, na ausência de outro organismo europeu com os recursos financeiros necessários para ajudar os Estados em dificuldade, o BCE deve estar pronto para intervir durante muito mais tempo de modo à sua acção ser verdadeiramente eficaz.

Mas a instituição monetária sedeada em Frankfurt, cujo único mandato é manter a estabilidade de preços, recusa-se a ir por este caminho.

O membro do conselho de governadores do BCE, o alemão Jens Weidmann, disse numa conferência em Frankfurt que «a utilização da política monetária para fins de política orçamental deve ter um fim», pelo que os Governo devem «decisivamente resolver os seus próprios problemas».

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O holandês Klaas Knot já tinha dito a 10 de Novembro que não se pode esperar «muito mais» do BCE, reafirmando que «cabe aos governos».

O banco começou a comprar títulos do governo italiano e espanhol no mercado secundário em agosto para evitar o contágio da crise da dívida soberana da Zona Euro a estes países.

No seu relatório mensal de 10 de Novembro, o BCE voltou a garantir que todas as medidas não convencionais são «de natureza temporária», ecoando o que já tinha dito o seu presidente, Mario Draghi.

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