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Itália fez batota para entrar na Zona Euro?

Depois da Grécia, Itália está sob suspeita

A Grécia fê-lo e agora desconfia-se que a Itália também pode tê-lo feito: o jornal espanhol «Cinco Dias» escreve que o país da pizza pode ter «forjado» as suas contas, para poder aderir ao euro.

De acordo com o jornal, que cita um relatório de 2001, a Itália teria usado «artimanhas financeiras» com derivados, para antecipar a recepção de dinheiro sobre emissões de dívida e reduzir o seu défice em 1997, de 7 para 2,7%, e assim poder entrar na moeda única.

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As suspeitas não são assumidas oficialmente nos meios políticos, mas nos mercados correm há quase uma década. Num estudo datado de 2001, o economista Gustavo Piga fala de um país, sem nunca dizer o nome, que terá feito um acordo de permuta financeira (swap) com um banco de investimento. O país, seria a Itália, que assim conseguiu cumprir os requisitos de Maastricht para o défice. O esquema é semelhante ao usado pela Grécia com a ajuda do Goldman Sachs. O banco é, aliás, o principal suspeito de estar envolvido no caso italiano, embora alguns jornais norte-americanos tenham apontado antes baterias ao JP Morgan.

Outra das coincidências do caso envolve Mario Draghi. O actual presidente do Banco Central Europeu (BCE) estava, à altura dos factos, no Tesouro italiano. Quando saiu, em 2002, integrou o Goldman Sachs International, onde ficou até 2005, como vice-presidente não executivo e administrador executivo.

Quem também esteve ligado ao Goldman Sachs foi Mario Monti, que deverá liderar o executivo italiano em substituição de Silvio Berlusconi, quando este se demitir, como prometeu, agora que foi aprovado o Orçamento do Estado com as medidas de austeridade acordadas com Bruxelas.

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