O grupo francês Crédit Agricole vai reduzir a sua posição no BES para 15%, no âmbito do aumento de capital que hoje arrancou, enquanto o Espírito Santo Financial Group (ESFG) ficará com 25%.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES informa que os seus principais acionistas (ESFG e Crédit Agricole) colocaram em mercado um máximo de 999,6 milhões de direitos de subscrição parcial de ações do banco destinados «exclusivamente a investidores qualificados fora dos Estados Unidos da América».
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Os restantes direitos sobre as ações serão exercidos por estes grupos de modo a que, após a liquidação do aumento de capital, de 1.045 milhões de euros, «o número de ações por si detido não será inferior ao número detido a 15 de maio de 2014».
A mesma nota ao mercado informa que, depois do aumento de capital, a ESFG deverá ficar com uma participação de 25% no BES (uma informação que já era conhecida desde manhã) e que o grupo francês Crédit Agricole reduzirá para 15%.
Ambos têm o compromisso de não se desfazerem das suas participações no prazo de seis meses.
Nos últimos dias tem sido noticiado o eventual fim da aliança entre o grupo francês Crédit Agricole e o grupo Espírito Santo, que são parceiros históricos desde a reprivatização do BES, no início da década de 1990. Isto depois da recente extinção da BESPAR que fez, para já, com que a ESFG e o Crédit Agricole passassem a ter participações diretas no BES (de 27,36% e 20,12%, respetivamente).
O aumento de capital do BES de até 1.045 milhões de euros arrancou hoje, com cada título a ser vendido a 0,65 euros, sendo os resultados apurados a 11 de junho.
Esta operação fica marcada por um prospeto que confirmou as irregularidades nas contas da holding Espírito Santo Internacional e foi o mote para se conhecerem os problemas do grupo Espirito Santo e as mudanças que está a atravessar.
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